O deputado federal Helenildo Ribeiro Monteiro (PSDB), 60 anos, que estava internado desde a última terça-feira, 18, quando se sentiu mal após fazer seu discurso de despedida na Câmara Federal, falaceu agora há pouco na unidade coronariana do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, Distrito Federal.
Helenildo sofreu uma artoplastia (dilatação aguda da aorta) e foi submetido a um cateterismo e a uma angioplastia.
O vice-governador eleito, José Vanderley Neto, que era o cardiologista de Helenildo Ribeiro em Alagoas, confirmou o seu falecimento, mas disse não ter mais detalhes.
A assessoria de comunicação do gabinete do deputado em Brasília informou que a sessão de hoje na Câmara Federal foi cancelada, baseado no artigo 71, inciso II, devido ao falecimento do parlamentar.
Quanto ao translado do corpo, embora a assessoria não tenha confirmado, o Alagoas24horas apurou que o corpo de Helenildo Ribeiro será velado em sua residência, em Palmeira dos Índios e sepultado às 16h, no Campo Santo Parque do Agreste, naquele município.
Helenildo era deputado pela segunda vez, seu segundo mandato terminaria em janeiro de 2007. Recentemente, o deputado federal por Alagoas teve seu nome relacionado à Máfia dos Sanguessugas, mas negou veementemente as acusações de desvio de verbas da Saúde.
O Corpo do deputado será trazido pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB), por volta das 22h30.
Histórico
Nascido em Lagoa de Ouro, Pernambuco, Helenildo Ribeiro era promotor de Justiça, formado pelo Cesmac, e foi prefeito de Palmeira dos Índios de 1992-1996, além dos dois mandatos de deputado federal.
No ano passado, afastou-se da Câmara de maio a setembro, alegando tratamento de saúde.
Antes de entrar na política, Helenildo Ribeiro foi fiscal de rendas da Secretaria de Finanças da prefeitura de Palmeira dos Índios no período de 1966 a 1979, promotor de Justiça entre 1979 e 1999, além de ter sido presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (Uesa) em Palmeira nos anos de 1966 e 1967.
Na política foi prefeito de Palmeira por dois mandatos. O primeiro entre 1983 e 1988 e o segundo entre 1993 e 1996. Na eleição de 1998 ficou como segundo suplente de deputado federal em sua coligação com 15.199 votos, mas assumiu o cargo devido ao assassinato da deputada Ceci Cunha e a cassação do primeiro suplente Talvane Albuquerque, apontado como mandato do crime.
Em 2002 disputou à reeleição e obteve 45.085 votos. Nas eleições de 1º de outubro deste ano ficou novamente como segundo suplente de sua coligação com 43.519 votos, atrás dos eleitos Olavo Calheiros, Joaquim Beltrão e Carlos Alberto Canuto (os três do PMDB) e do primeiro suplente Rogério Teófilo (PPS), outro que perdeu a disputa pela reeleição.