Filas diminuem, mas caos nos aeroportos continua

G1Cena repetida: fila no check-in no sábado

Cena repetida: fila no check-in no sábado

Anac previa solução dos problemas neste domingo.

Na véspera do Natal, os passageiros ainda sofrem com os atrasos nos principais aeroportos do país, diferentemente do que previa a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Neste domingo, as filas nos balcões de check-in já diminuíram, mas os problemas não acabaram. Como nos últimos dias, quem comprou bilhete da TAM foi mais prejudicado.

No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, muitas pessoas esperam nas salas de embarque dessa companhia aérea. No início da manhã, houve tumulto e protestos de passageiros e a Polícia Federal e seguranças da TAM foram acionados. O serviço médico do terminal foi chamado para atender uma pessoa que passou mal.

O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, permaneceu aberto durante quase toda a madrugada. O objetivo era transportar os passageiros que esperam pelo embarque desde quarta-feira (20) e desafogar as salas de embarque. Aviões de outras companhias aéreas foram colocados à disposição da TAM para amenizar a situação. O movimento no terminal paulistano, porém, continua intenso. Segundo o site da Infraero, os atrasos continuam.

No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, permaneceu lotado, sob tensão e vigiado pela polícia. Os passageiros aguardam o embarque dentro das salas. Muitos vôos que deveriam chegar na noite de sábado (23) ainda não pousaram, de acordo com a Infraero. As partidas também estão ocorrendo fora do horário.

Quinto dia de atrasos

As filas e atrasos nos aeroportos se arrastam há cinco dias. No sábado, o cenário ficou ainda mais caótico. Os funcionários da TAM chegaram a abandonar o balcão de atendimento em Congonhas e alegaram que foram agredidos. As tripulações se negaram a voar por conta do excesso de horas trabalhadas. Da zero hora até as 17h, 699 dos 1.266 pousos e decolagens programados em todo o país sofreram atrasos de mais de uma hora _o que equivale a 55% das operações. Foram canceladas outras 36 decolagens. Na sexta-feira (22), que tinha sido considerado pela Infraero o segundo pior dia desde o início do caos aéreo, foram 583 atrasos, o equivalente a 48% dos vôos previstos para o mesmo período.

Anac diz que a crise começou por causa do mau tempo que fechou o aeroporto de Congonhas na quarta-feira (20) e da TAM, que teve que realizar manutenção não programada em seis aviões. Sem aeronaves, os vôos dessa companhia atrasaram, prejudicando a programação de outras empresas.

Para amenizar a crise, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) foram disponibilizados para levar passageiros da TAM ao seu destino. Quem viajou no avião oficial, no entanto, acredita que a aeronave extra está sem mal utilizada. Aeronaves de outras companhias aéreas também podem ser usadas no ”plano de emergência”.

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, diz que estão sendo tomadas providências para o problema ser resolvido neste domingo. Ele acredita que as filas e atrasos não se repetirão no Ano Novo.

Fonte: G1

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