Artesãos do Guerreiros de Maceió com futuro indefinido

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

Os artesãos do espaço Guerreiros de Maceió – localizado no bairro de Jaraguá, ao lado do Memorial da República – estão com o futuro indefinido. Eles ocupam o local há cerca de um ano, pouco tempo depois do incêndio do espaço Cheiro Terra, onde trabalhavam anteriormente.

No entanto, apesar do Guerreiros de Maceió ser classificado como uma iniciativa que deu certo – por grande parte dos artesãos – eles só podem permanecer no lugar até o dia 31 deste mês, quando expira a licença concedida pelo Gerenciamento do Patrimônio da União, em convênio firmado com a Prefeitura de Maceió, por intermédio da vice-prefeita Lourdinha Lyra, que conforme os artesãos matinha contato com os trabalhadores do Guerreiros de Maceió.

No dia de hoje, os artesãos realizam um almoço que eles estão chamando de “encontro da vitória”, após ter superado o incêndio e “quase terem ficado sem renda”, como coloca a artesã Zuleide Costa de Araújo. “Apesar das indefinições para nós é uma vitória estarmos tirando o nosso sustento daqui do local. Aqui não é tão bom quanto era no Cheiro da Terra, mas está dando para tirar a sobrevivência e ainda pagar os custeios do local, que gira em torno de R$ 11 mil por mês”, destacou.

Conforme Zuleide Costa, o local em que estão é privilegiado por estar dentro da rota turística. “Depois que construíram o Memorial da República melhorou muito, pois os visitantes do prédio sempre passam aqui e os compradores daqui, sempre vão ao museu. As excursões sempre passam por aqui, estamos dentro da rota turística. Todo o turismo receptivo aparece no Guerreiro de Maceió”.

Zuleide Costa colocou que falta ainda a intensificação das manifestações culturais, como havia no Cheiro da Terra. “Estamos colocando trios de forró, o bumba-meu-boi, e outras manifestações do nosso Estado, mas no Cheiro da Terra isto era mais constante. Estamos nos organizando, para no próximo ano, se ainda estivermos aqui melhorar, pois estas manifestações são atrativos”, explica.

A artesã lembra que no Cheiro da Terra havia um palco central onde ocorriam as danças típicas, bandas tocavam e acontecia apresentações de grupos. “Pelo menos para mim, o espaço do Cheiro da Terra rendia mais. No entanto, aqui foi o melhor lugar, depois do incêndio, para onde nos levaram. Na antiga Mix Feira, não tinha movimento algum. Era horrível. Estamos querendo conversar com a Prefeitura sobre o nosso futuro. Temos condições de pagar o custeio do local, mas não podemos alugar um espaço e bancar tudo. Aqui pagamos os toldos, a iluminação e a segurança, menos o espaço. Isto ajuda”, colocou.

O apelo de Zuleide Costa é para que se houver uma transferência, os artesãos possam ser deslocados para uma rota turística. “Esperamos a renovação do contrato. Mas, em todo caso só queremos um espaço para trabalhar”, colocou.

A Prefeitura de Maceió

De acordo com a assessoria da Prefeitura de Maceió, o prefeito Cícero Almeida (PTB) está ciente do problema enfrentado pelos artesãos do Guerreiros de Maceió e pretende se reunir com o superintendente de Controle e Convívio Urbano, Edinaldo Marques, e com os próprios trabalhadores para discutir a situação e decidir sobre a permanência ou não deles no espaço destinado.

A reunião – ainda de acordo com a assessoria – deve ocorrer ainda esta semana. Em caráter de urgência, a Prefeitura de Maceió deve apresentar uma alternativa provisória, para em seguida regulamentar em definitivo a situação do Guerreiros de Maceió. No entanto, ainda não há uma posição a respeito do local a ser ocupado pelos artesãos.

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