Os futuros agentes que ingressarem na Polícia Civil de Alagoas terão que apresentar diploma de 3° grau, em qualquer área do conhecimento humano. A decisão foi tomada pelo governador de Alagoas, Luis Abílio (PDT) e sancionada hoje no Diário Oficial do Estado de Alagoas.
Conforme o decreto do Governo do Estado, os candidatos – nos futuros concursos para ingressar na Polícia Civil – terão que no mínimo estar cursando uma faculdade ou universidade. A decisão do Governo foi vista como uma vitória por parte do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), que homenagearam Luis Abílio, na manhã de hoje.
Segundo o presidente do sindicato, Carlos Jorge, “é o símbolo de um novo tempo para a Polícia Civil, pois representa um salto de qualidade e demonstra o apoio do Governo do Estado para a construção de uma melhor segurança pública”.
Carlos Jorge disse ainda que a decisão foi tomada após muita luta encabeçada pelo Sindpol. “Espero que o próximo governo nos dê apoio igual, ou mais apoio, do que o que foi dado pelo governador Luis Abílio, pois não adianta o diploma se o policial não tiver o treinamento adequado depois que entrar na instituição”, destacou.
O salário de um policial civil é em média R$ 1.300 e pode chegar até a R$ 2 mil. “A reivindicação pelo curso superior é antiga e melhora para a população e para a própria corporação em lutas futuras. Todos têm que entender que a função do sindicato é sempre lutar por uma melhor Polícia Civil. Nos colocam como radicais, mas isto não é verdade. Tanto que esta conquista representa um entendimento entre o sindicato e o governador do Estado”.
Carlos Jorge – apesar dos elogios – cobrou ainda maiores salários para a categoria. “Reconhecemos que não é um salário ruim o atual, mas a distância salarial entre um agente e um delegado é muito grande. São os agentes que estão na rua trocando tiros constantemente. Queremos melhoria também na condição de trabalho, é preciso que o futuro governo reequipe e qualifique o Instituto de Criminalística, por exemplo”.
O presidente do Sindpol avaliou ainda que não há carência no número de policiais no Estado. “O número de agentes é o suficiente. É preciso remanejar. É sabido de todos que hoje os policiais trabalham como carcereiros, nas delegacias”.
De acordo com Carlos Jorge, a carência maior estão nos cargos de escrivão e delegado. “Vamos buscar conversar com o futuro governador para cobrar concursos nestas áreas. Vamos tentar abrir o canal de diálogo, assim como fizemos com Luis Abílio”, finalizou.