Abílio aprova exigência de nível superior para ingresso na Polícia Civil

Alagoas24Horas/ArquivoCarlos Jorge vê decisão do governador como conquista do sindicato

Carlos Jorge vê decisão do governador como conquista do sindicato

Os futuros agentes que ingressarem na Polícia Civil de Alagoas terão que apresentar diploma de 3° grau, em qualquer área do conhecimento humano. A decisão foi tomada pelo governador de Alagoas, Luis Abílio (PDT) e sancionada hoje no Diário Oficial do Estado de Alagoas.

Conforme o decreto do Governo do Estado, os candidatos – nos futuros concursos para ingressar na Polícia Civil – terão que no mínimo estar cursando uma faculdade ou universidade. A decisão do Governo foi vista como uma vitória por parte do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol/AL), que homenagearam Luis Abílio, na manhã de hoje.

Segundo o presidente do sindicato, Carlos Jorge, “é o símbolo de um novo tempo para a Polícia Civil, pois representa um salto de qualidade e demonstra o apoio do Governo do Estado para a construção de uma melhor segurança pública”.

Carlos Jorge disse ainda que a decisão foi tomada após muita luta encabeçada pelo Sindpol. “Espero que o próximo governo nos dê apoio igual, ou mais apoio, do que o que foi dado pelo governador Luis Abílio, pois não adianta o diploma se o policial não tiver o treinamento adequado depois que entrar na instituição”, destacou.

O salário de um policial civil é em média R$ 1.300 e pode chegar até a R$ 2 mil. “A reivindicação pelo curso superior é antiga e melhora para a população e para a própria corporação em lutas futuras. Todos têm que entender que a função do sindicato é sempre lutar por uma melhor Polícia Civil. Nos colocam como radicais, mas isto não é verdade. Tanto que esta conquista representa um entendimento entre o sindicato e o governador do Estado”.

Carlos Jorge – apesar dos elogios – cobrou ainda maiores salários para a categoria. “Reconhecemos que não é um salário ruim o atual, mas a distância salarial entre um agente e um delegado é muito grande. São os agentes que estão na rua trocando tiros constantemente. Queremos melhoria também na condição de trabalho, é preciso que o futuro governo reequipe e qualifique o Instituto de Criminalística, por exemplo”.

O presidente do Sindpol avaliou ainda que não há carência no número de policiais no Estado. “O número de agentes é o suficiente. É preciso remanejar. É sabido de todos que hoje os policiais trabalham como carcereiros, nas delegacias”.

De acordo com Carlos Jorge, a carência maior estão nos cargos de escrivão e delegado. “Vamos buscar conversar com o futuro governador para cobrar concursos nestas áreas. Vamos tentar abrir o canal de diálogo, assim como fizemos com Luis Abílio”, finalizou.

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