Teotonio Vilela Filho e equipe visitarão o Sertão alagoano um dia após assumir o governo do Estado, numa ação administrativa em apoio aos sertanejos atingidos pela seca. Na terça-feira, dia 2 de janeiro, ele se reúne com os prefeitos do semi-árido alagoano, para ouvi-los e discutir encaminhamentos. A reunião será no auditório da Prefeitura Municipal de Santana do Ipanema.
O governador eleito e equipe estão estabelecendo entendimentos com instituições como a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), que já está mobilizando os prefeitos da região do semi-árido, para que participem e atuem conjuntamente em favor das famílias atingidas pela seca. Também já estão sendo articulados contatos com a Defesa Civil e com Brasília.
Emergência
Até agora 10 municípios já foram homologados em situação de emergência pelo Governo do Estado; e mais 10 estão em fase de homologação. Uma equipe da Defesa Civil acompanha no Sertão a situação dos municípios. A perspectiva é a de que a situação poderá se agravar, caso não ocorram chuvas e trovoadas no mês de janeiro. O país está sob a influência do El Nino, fenômeno climático que provoca chuvas no Centro Sul e seca na região Nordeste.
Iniciativa
O futuro governador de Alagoas tem um histórico de atuação e luta em favor do semi-árido. Nos 20 anos de atuação no Senado, como representante de Alagoas, esta foi uma das tônicas da sua atuação parlamentar: a questão da água, dos recursos hídricos e a melhoria das condições de vida para as populações sertanejas. É de sua autoria a emenda constitucional que determina a obrigatoriedade da destinação de 50% dos recursos do FNE (Fundo do Nordeste) para investimentos no semi-árido, beneficiando com isso os micro e pequenos produtores nordestinos das regiões mais castigadas pela seca.
CPI
A realidade da seca foi vivenciada de perto por Teotonio Vilela Filho quando presidiu a CPI da Seca, que investigou os prejuízos causados pela estiagem de 1987 no Nordeste. Naquela oportunidade, percorreu mais de 10 mil quilômetros de caatinga, ouvindo trabalhadores, técnicos e representantes de entidades e instituições como igrejas, sindicatos e associações.
Como resultado desse trabalho, provocou junto ao governo Federal a criação do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar) e do seguro-safra, fundamentados nos relatórios de propostas e discussões dessa CPI. O Pronaf atende hoje a milhares de famílias nas regiões do semi-árido nordestino