Faltando menos de 24 horas para sua posse como governador de Alagoas, o senador Teotonio Vilela Filho (PSDB), passa todo o dia de domingo em reuniões com a finalidade de definir os últimos detalhes de sua posse, bem como os nomes que ainda faltam para compor seu secretariado.
Dos 17 cargos de secretários que pretende deixar na nova estrutura administrativa do Estado a partir desta segunda-feira, 1º de janeiro, Teotonio Vilela ainda não definiu quem fica com as pastas de Cultura; da Mulher, Direitos Humanos e Minorias, e da Comunicação.
Na Cultura e na Comunicação, o governador eleito convidou a museóloga Carmem Lúcia Dantas e o jornalista Ênio Lins, atual coordenador editorial do jornal Gazeta de Alagoas. Na Mulher o convite foi feito ao PSB da ex-prefeita Kátia Born para que indicasse um nome visando assumir a pasta.
Segundo a assessoria de Teotonio Vilela, pela manhã ele participou de reuniões junto com o vice-governador eleito José Wanderley (PMDB), na sede da vice-governadoria que fica no bairro da Gruta visando definir os últimos nomes que irão compor sua equipe. Outro assunto discutido nas reuniões seriam os últimos detalhes para a programação de posse.
A programação inclui uma missa às 10 horas na Catedral Metropolitana de Maceió, a posse solene na Assembléia Legislativa às 15 horas e a transmissão de cargo no Palácio República dos Palmares a partir das 17 horas, quando Téo Vilela recebe o governo das mãos de Luís Abílio de Sousa.
Histórico
Senador da República em terceiro mandato – sua primeira eleição ocorreu em 1986, depois foi reeleito em 1994 e 2002 – Teotonio Brandão Vilela Filho, foi eleito governador de Alagoas em 1º turno na eleição realizada no dia 1º de outubro deste ano ao derrotar o deputado federal João Lyra (PTB) por uma diferença superior a 332 mil votos.
Sua trajetória política sempre foi marcada pela lembrança de seu pai, o senador Teotônio Brandão Vilela, que ficou conhecido nacionalmente por sua luta pela redemocratização do País e que ganhou o nome de o “Menestrel das Alagoas”. Téo foi eleito à primeira vez pelo PMDB de onde saiu para o PSDB, partido do qual chegou a ser presidente nacional.
No Senado sempre foi considerado um dos senadores mais atuantes e teve seu nome incluído na relação dos “cabeças pensantes” do Congresso por várias oportunidades. Ao aceitar disputar o governo de Alagoas numa aliança com o PMDB, o governador eleito enfrentou uma verdadeira batalha, além da falta de recursos financeiros para tocar a campanha.
Mesmo assim e apesar de todas as dificuldades, Teotonio Vilela em nenhum momento desanimou e sempre acreditou que era possível vencer a eleição apesar de estar enfrentando do outro lado um candidato poderoso economicamente. Ao seu lado, Téo tinha poucas lideranças políticas do Estado. A maior delas era o senador Renan Calheiros, presidente do Senado e que indicou o médico José Wanderley para compor a chapa como vice.
Renan foi fundamental para a vitória de Téo logo no primeiro turno, apesar de as pesquisas de intenção de voto sempre apontarem grande vantagem para o adversário. Faltando poucos dias para a realização do primeiro turno, os institutos de pesquisa começaram a apontar a possibilidade de virada de Téo e até mesmo de vitória logo no primeiro turno, o que acabou se confirmando.
Amanhã, ele assume como o 36º governador de Alagoas. Em seu lugar no Senado será efetivado o empresário João Tenório, seu cunhado, casado com Fernanda Vilela, que será a futura secretária da Fazenda no governo Téo Vilela.