Número de desocupados no Brasil cai e chega a 6,5 milhões de pessoas

A quantidade de brasileiros desocupados (pessoas sem trabalho, mas que procuraram nos 30 dias antes da pesquisa) diminuiu no ano passado, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No quarto trimestre do ano passado, o País tinha 6,5 milhões de pessoas nessa situação, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O número é menor do que o total no terceiro trimestre (6,7 milhões), mas maior do que no quarto trimestre de 2013 (66,1 milhões). No ano passado todo, a média foi de 6,8%, abaixo dos 7,1% registrados em 2013 e dos 7,4% em 2012.

O número de brasileiros ocupados (com qualquer tipo de trabalho remunerado) cresceu no quarto trimestre de 2014 tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior quanto em comparação com o mesmo período de 2013. Nos últimos três meses do ano passado, o Brasil tinha 92,9 milhões de pessoas ocupadas, contra 92,3 milhões no 3º tri de 2014 e 91,9 milhões no 4º tri de 2013.

Cresce percentual de carteira assinada

Segundo a Pnad Contínua, no quarto trimestre do ano passado, quase oito em cada dez empregados do setor privado (77,7%) tinham carteira de trabalho assinada, um avanço de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2013.

Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 32,1% tinham carteira de trabalho assinada no quarto trimestre de 2014, acima dos 31,1% registrados no mesmo trimestre do ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,2% dos empregados do setor público.

As regiões Norte (64,8%) e Nordeste (63,4%) apresentaram os menores percentuais nesse indicador. No mesmo período, com exceção da região Sudeste, que registrou estabilidade, a proporção dos empregados do setor privado com carteira assinada aumentou em todas as regiões.

Diferença entre homens e mulheres

Ainda permanece a diferença entre homens e mulheres em relação a emprego e desemprego. As análises apontaram que a proporção de homens com 14 anos ou mais de idade trabalhando era superior ao de mulheres deste mesmo grupo etário.

No quarto trimestre de 2014, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 68,2% e o das mulheres, em 46,7%.

O comportamento diferenciado desse indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco grandes regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (cerca de 27 pontos percentuais), e a Sul com a menor diferença (cerca de 19 pontos percentuais).

Já a taxa de desocupação foi estimada em 5,6% para os homens e 7,7% para as mulheres. Regionalmente, houve expansão da taxa de desocupação nas regiões Nordeste (de 7,9% para 8,3%), Sudeste (de 6,2% para 6,6%) e Centro–Oeste (de 4,9% para 5,3%) na comparação com o 4º trimestre de 2013, enquanto nas regiões Norte e Sul, o cenário foi de estabilidade desse indicador.

Trabalhador por conta própria

No 4º trimestre de 2014, a população ocupada era composta por 69,5% de empregados, 4,2% de empregadores, 23,4% de trabalhadores por conta própria e 2,8% de trabalhadores familiares auxiliares.

A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho. Nas regiões Norte (29,9%) e Nordeste (29,7%) o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao observado nas demais regiões.

O mesmo foi constatado para os trabalhadores familiares auxiliares, as regiões Norte (6,7%) e Nordeste (4,1%) apresentaram participação maior desses trabalhadores.

Fora da força de trabalho

A Pnad Contínua também aponta que, no quarto trimestre de 2014, quatro em cada dez pessoas (39,1%) com idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.

A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (43,1%). Centro-Oeste (35,0%) e Sul (36,4%) tiveram os menores percentuais. Essa configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica.

A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por mulheres (66,2%). Além disso, cerca de 35,0% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade).

Aqueles com menos de 25 anos de idade somavam 29,2% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 36,3%. As regiões Sul (39,9%) e Sudeste (39,0%) apresentaram os maiores percentuais de idosos fora da força de trabalho. Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, o percentual de pessoas idosas fora da força eram os menores (23,0% e 29,7%).

Fonte: R7.com

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