A suspeita de casos da Febre Chikungunya não se confirmou em Alagoas. O Instituto Evandro Chagas, no Pará, informou que as amostras enviadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) deram resultado negativo para a doença.
Até agora, foram analisadas 70 das mais de 120 amostras coletadas em Mata Grande e enviadas para o laboratório no Pará. A Sesau alerta que a população deve ficar atenta já que Alagoas está próximo da Bahia e de Pernambuco, onde foram confirmados casos da Chikungunya.
No entanto, o Alto Sertão alagoano vem registrando um aumento de casos suspeitos da dengue. Em Mata Grande são mais de 300 casos suspeitos de dengue e, em Major Isidoro, o número já ultrapassa 400. A transmissão da doença foi confirmada pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen) nesses dois municípios.
Cidades vizinhas (Ouro Branco, Inhapi, Canapi, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Piranhas e São José da Tapera) também apresentam um aumento no número de casos. Importante ressaltar que, apesar do crescimento das notificações, tem sido baixa a ocorrência de casos graves e até o momento não houve óbito por dengue no Sertão.
Em Alagoas, até o fim de janeiro de 2015, as notificações de casos suspeitos de dengue já ultrapassavam mais de 100% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A situação fica mais delicada porque há registros de focos do mosquito em grande parte do território alagoano, com municípios registrando alto índice de infestação do Aedes aegypti.
A Sesau disponibilizou equipes técnicas nos municípios para apoiar tanto na vigilância da doença, quanto à assistência aos pacientes e no combate ao vetor. O índice de infestação predial mostra que 23 municípios estão em situação de risco de surto, apresentando índice de infestação predial acima de 3%; 31 municípios em situação de alerta, apresentando índice de 1% a 3%; e 25 municípios em situação satisfatória.
No controle dessa doença a atuação das prefeituras para diminuir a proliferação do mosquito é importante, intensificando medidas como a garantia do recolhimento e destino final do lixo urbano, a limpeza de terrenos baldios, de praças e cemitérios e a fiscalização de borracharias para que não deixem ao relento pneus usados.
No entanto, toda ação do poder público poderá vir a ser ineficaz se não houver o comprometimento de cada um e de todos, para a eliminação de criadouros dentro de suas residências, jardins e quintais. E também é importante ressaltar que deve haver o adequado armazenamento da água de consumo e a eliminação de recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do mosquito.