A polícia dinamarquesa divulgou nota afirmando que atirou e matou um homem na estação de Norrebro, em Copenhagen, neste domingo (15) perto dos locais onde foram registrados ataques que deixaram dois mortos e cinco feridos. Segundo a polícia, o homem atirou contra os policiais e foi morto.
Pouco depois do ocorrido, a polícia da Dinamarca disse acreditar que o homem morto foi o único autor dos dois dois tiroteios ocorridos no sábado (14). Segundo as autoridades, imagens de câmeras de segurança indicam que ele foi o responsável pelas ações.
"Acreditamos que o mesmo homem estava por trás dos dois tiroteios, e também acreditamos qu o homem que foi morto pela polícia na estação Noerrebro é a pessoa por trás dos ataques", disse o porta-voz da polícia, Torben Moelgaard Jensen, segundo a France Presse.
Segundo a fonte, a localização do suposto terrorista se deu graças às informações de um motorista de taxi que o achou parecido com a foto divulgada pelas autoridades.
Na noite de sábado, um homem atirou em uma sinagoga no centro de Copenhague. Uma pessoa foi atingida na cabeça e morreu. Outros dois policiais ficaram feridos. O suspeito fugiu do local à pé, ainda de acordo com a polícia.
Mais cedo neste sábado, um homem foi morto e três policiais ficaram feridos em um tiroteio em um local onde ocorria debate sobre islamismo e liberdade de expressão em Copenhague, com a presença do artista sueco Lars Vilks, que provocou polêmica em 2007 ao publicar desenhos retratando o profeta Maomé como um cão.
A vítima do ataque ao evento sobre liberdade de expressão era um homem de 40 anos. A princípio, autoridades disseram que havia dois suspeitos. Porém, mais tarde, a polícia dinamarquesa afirmou que apenas um homem participou do ataque e divulgou uma foto desse suspeito.
A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, se referiu ao primeiro ataque como um "ato terrorista" e afirmou que o país estava em alerta máximo.
Posteriormente, ela afirmou que as autoridades do país ainda desconhecem as razões que levaram aos ataques.
"Não conhecemos o motivo dos atos do suposto autor, mas sabemos que há forças que desejam o mal a países como a Dinamarca. Querem subjugar nossa liberdade de expressão", disse Thorning-Schmidt, que negou que se tratasse de uma guerra entre Islã e Ocidente.
Ataque em Paris
Em 7 de janeiro, um ataque feito por militantes islâmicos à sede do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, deixou 12 mortos. O jornal vinha sendo ameaçado desde que publicou charges do profeta Maomé em 2006. Uma série de ações relacionadas ao ataque levou, ao todo, a 20 mortes: além dos mortos na redação da Charlie Hebdo, um policial, quatro reféns em um mercado judaico de Paris e três terroristas também morreram.