Uma ação conjunta entre policiais civis da Delegacia de Homicídios (DH), da Força Nacional, e agentes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), nesta terça-feira (17), resultou na prisão em flagrante de Jeferson dos Santos, 18 anos, que confessou ter assassinado o taxista Manoel Fulgêncio Reis Figueiredo, crime ocorrido na segunda-feira, dia 16.
Na Delegacia de Homicídios, ao ser interrogado pelos delegados plantonistas, verificou-se o celular do acusado, e foi encontrado armazenado no aparelho conversas dele com um adolescente apreendido na unidade de internação de menores, que é amigo do acusado, na qual Jeferson narra ter cometido, em coautoria, o assassinato do taxista Manoel Fulgêncio.
Diante das provas apresentadas pela Polícia, e após ser confrontado com os referidos diálogos, Jeferson dos Santos resolveu confessar as autoridades policiais, tanto a morte do taxista quanto um outro assassinato ocorrido no Pontal da Barra, na terça-feira (17), no dia seguinte, ou seja, menos de 24 horas após a morte do taxista.
Segundo confessou à polícia, Jeferson e Alan Felipe Santos da Silva, de 19 anos, abordaram o taxista Manoel Fulgêncio no bairro do Trapiche. Nas proximidades do Estádio Rei Pelé anunciaram o assalto.
Jeferson passou para o banco de trás, com um revólver apontado para a cabeça do taxista, determinando que ele conduzisse o veículo em direção ao Pontal da Barra, passando pela Ponte Divaldo Suruagy. Logo depois de passar a Ponte, determinaram que o taxista entrasse à direita; segundo confessou Jeferson, nesse momento, o motorista do táxi resolveu tomar o revólver das mãos do acusado, que disparou dois tiros contra a cabeça de Manoel Fulgêncio.
De acordo com um delegado plantonista, antes de fugir, os criminosos levaram o dinheiro que estava no interior do veículo e, segundo contou aos delegados, o valor subtraído foi dividido entre os dois assassinos.
Após busca consentida na casa da companheira de Jeferson dos Santos, ela entregou as roupas que ele usava no momento do latrocínio, as quais apresentavam manchas de sangue da vítima. A companheira alegou que horas antes da chegada das forças policiais, assim que soube da prisão de Jeferson, o seu comparsa esteve na residência e levou o revólver utilizado no latrocínio.
A Polícia considera o coautor, Alan Felipe, foragido, intensifica diligências para localizar e prendê-lo, e pede apoio da população, por meio de denúncia anônima para o telefone 181.
Outro assassinato
Na Delegacia, Jeferson confessou também que ele e Alan Felipe usaram a mesma arma para matar Flávio Mendes Rodrigues, vítima encontrada no bairro do Pontal da Barra, no dia seguinte a morte do taxista.
Jeferson confessou ainda que nesse segundo crime, foram deflagradas as outras quatro munições do revólver de seis tiros utilizado nos dois crimes, e que a morte de Flávio está relacionada a dívida de drogas
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"Flávio foi assassinado dentro de uma casa em construção no bairro do Pontal da Barra, de início, por estar sem documentação, foi dado como não identificado. Mas ao chegar ao local a equipe da Delegacia de Homicídios conseguiu identificá-lo e fez contato com a família dele", disse um delegado que participou das investigações.