O governador Renan Filho (PMDB) determinou na noite desta quinta-feira (19) a interdição da Maternidade Escola Santa Mônica. A decisão do chefe do executivo se deu após um curto circuito que deixou a maternidade sem eletricidade por mais de três horas, pondo em risco a vida dos bebês e das parturientes.
Os pacientes (mães e filhos) foram transferidos para unidades conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo nota emitida pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), a decisão tem como finalidade assegurar a recuperação das mães e dos bebês.
No último dia 10 de fevereiro o governador Renan Filho visitou as obras da Santa Mônica e disse que a decisão de transferir os pacientes do Hospital Universitário para a Santa Mônica, mesmo em reforma, foi uma decisão técnica’ e com aval de técnicos da saúde municipal, estadual e federal, além do Ministério Público Estadual.
Vim aqui para ver a transferência das mamães e seus bebês do Hospital Universitário para cá. Vim para acelerar a obra que é fundamental para a saúde pública dos cidadãos. A Santa Mônica será referência”, confirmou Renan.
Há três dias a Santa Mônica foi parcialmente inundada depois de um temporal que caiu na cidade. As imagens dos leitos e colchões encharcados e da água escorrendo pelo teto vazou através das mídias sociais e logo virou manchete dos principais veículos de comunicação do estado.
Ontem a Santa Mônica havia afirmada que a queda de energia era em virtude de um acidente de trânsito corrido no entorno da região e cobrou medidas da Eletrobras que garantiu que a eletricidade foi restabelecida no local e que a falta de eletricidade da Santa Mônica era pontual, em virtude de problemas da unidade de saúde.
Lei na íntegra e nota emitida pelo governo do estado:
Após um curto circuito na rede elétrica da Maternidade Escola Santa Mônica, a direção da unidade transferiu os pacientes internos para maternidades conveniadas ao SUS e o governador Renan Filho determinou a interdição do prédio, que está em reforma desde a gestão passada, em março de 2014.
A decisão visa assegurar a plena recuperação das mães e bebês que estavam sendo atendidos na Maternidade Escola Santa Mônica, onde uma força tarefa irá atuar para concluir o mais rápido possível a reforma da unidade.
Renan Filho e a secretária de estado da saúde, Rozangela Wyszomirska determinaram, ainda, a apuração rigorosa das causas e responsabilidades pelos problemas na obra que causaram transtorno a servidores e usuários da maternidade, que é referência para o atendimento às gestantes de alto risco e bebês prematuros.