O Chelsea agiu rápido após o ato racista de alguns torcedores no metrô de Paris, na última terça-feira, antes da partida entre o clube inglês e o PSG, pelas oitavas de final da Uefa Champions League. Depois de ter identificado e banido de seu estádio três dos responsáveis, o clube informou nesta sexta que já convidou o frânces Souleymane S, vítima dos criminosos, para assistir ao jogo de volta.
Estiveram presentes na coletiva da manhã desta sexta-feira o treinador José Mourinho e o diretor de comuniação do clube, Steve Atkins. Os dois falaram francamente sobre o assunto e se mostraram bastante incomodados com o ocorrido.
"Nós estamos envergonhados", disse Mourinho. "Mas talvez, não devêssemos. Eu me recuso a ser ligado com este tipo de pessoa. Eu senti vergonha quando soube o que aconteceu, mas eu repito, tenho orgulho de ser treinador do Chelsea, porque eu sei o que este clube é. Estas pessoas não representam o clube", continuou o treinador.
Atkins leu uma declaração oficial do Chelsea diante dos repórteres, atualizando o andamento das apurações e dizendo que os Blues estão apoiando as investigações. Seguindo uma campanha que começou entre os torcedores, o dirigente anunciou que já entrou em contato com Souleymane S para convidar ele e toda sua família para a partida em Londres, dia 11 de março, no Stamford Bridge.
O técnico português endossou o pedido do cartola, e fez um apelo para que o francês atendesse ao convite. "Ele não iria somente assistir ao jogo, ele iria sentir o que é o Chelsea. Talvez, neste momento, ele tenha a impressão errada sobre o que é o clube. Não sei se ele gosta de futebol, mas tenho certeza que ele iria adorar saber que os miseráveis que fizeram aquilo não são o Chelsea."