Marido diz que foi ameaçado enquanto mulher era arrastada e morta

Caio Loureiro/TJALCaio Loureiro/TJAL

A testemunha-chave no processo que julga o assassinato da dona de casa Maria de Lourdes Farias de Melo, morta a tiros e desmembrada no Benedito Bentes em 2011, o pedreiro Adriano José dos Santos, contou ao juiz Geraldo Amorim, na manhã desta segunda-feira (23), detalhes do que viu.

Três acusados estão no banco dos réus: Williams Vicente dos Santos Ferreira, o “Língua”, Jamison Jonas dos Santos, o “Paulista”, e Cremilda Nicolau dos Santos, a “Kel”. Todos respondem pelo crime de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.

De acordo com o pedreiro, que é ex-marido da vítima, ele estava dormindo no colchão quando quatro homens encapuzados invadiram a casa e o ameaçaram com um revólver. Após imobilizar Adriano, a quadrilha procurou então por Maria, que estava no quarto junto aos três filhos do casal, um de quatro, outro de três e mais outro de um ano de idade.

“Ela morreu duas vezes, uma de medo. Fiquei trancado dentro de casa e somente vi da janela quando eles colocaram a cabeça dela em uma estaca”, detalha emocionado.

Ao fugirem, segundo o pedreiro, os assassinos teriam roubado ainda um micro-ondas. Nenhum dos quatro criminosos foi reconhecido no momento do crime, mas populares e amigos atribuíram o crime ao menores identificados como “Gabinha” e “Língua”.

A vítima ainda teve um dos braços arrancados e como seu sangue os assassinos escreveram os dizeres “cabueta”, em uma clara referência a uma denúncia contra os traficantes da região feita pela dona de casa.

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