Bope avança contra manifestantes e atira bombas contra estudantes

Dayvson Fernandes de AndradeýAlagoas 24 Horas

Alagoas 24 Horas

“Nunca vi isso na minha vida. Eles atiraram bombas contra crianças de 11, 12 anos, que estavam paradas”, esse é o relato de uma universitária que ficou presa na manifestação em frente ao Cepa, na manhã desta sexta-feira, dia 27. A tropa de elite da Polícia Militar foi acionada para dispersar o protesto que bloqueava o trânsito no principal de corredor de transporte da capital.

A mobilização envolvia alunos do Centro de Ensino, que reivindicam transporte escolar, e vigilantes, cuja empresa foi dispensada pelo Estado. O protesto ocupou as duas vias da avenida, atravancando o trânsito na capital desde às 7h. O Centro de Gerenciamento de Crises foi acionado, mas não conseguiu resolver a questão.

Em meio à operação de dispersão, houve depredação de ônibus e veículos estacionados nas ruas paralelas ao Cepa. O protesto causou inúmeros transtornos e só foi encerrado após a intervenção do Bope.

O Alagoas 24 horas entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Estado que informou que os recursos voltados para a contratação de empresas de transporte escolar, da ordem de R$ 55 milhões, serão utilizados para subsidiar o passe livre no Estado. Ainda de acordo com a Secom, um projeto de lei será encaminhado à Assembleia Legislativa de Alagoas e a expectativa do governo é de que o passe livre seja instituído ainda nesse mês de março.

Quanto o pleito do vigilantes, a Secom reafirmou que a Secretaria de Educação do Estado, que tem à frente o vice-governador Luciano Barbosa, não irá renovar o contrato com as empresas de vigilância, que serão substituídas por monitoramento eletrônico e reforço da Polícia Militar de Alagoas.

Nota PM

O comando da Polícia Militar de Alagoas, por meio de sua Assessoria de Comunicação, esclarece que a respeito do desbloqueio da Avenida Fernandes Lima, no Farol, em frente ao Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (CEPA), ocorrido no início da manhã desta sexta-feira (27), foram esgotados todos os meios de negociação com a liderança da manifestação.

Reiteramos que a Polícia Militar desde a concentração do grupo em frente ao CEPA, por volta das 06h30, buscou criar um canal de comunicação com os integrantes do movimento, inclusive momentos após o bloqueio efetivo da via, através do Centro de Gerenciamento de Crises por quase três horas.

Não restando qualquer outra alternativa, em respeito a garantia constitucional do direito de ir e vir, bem como a recomendação despachada mediante ofício do Ministério Público Estadual (MPE/AL) para a Polícia Militar com vistas a garantir essa liberdade ao cidadão, por meios de Controle de Distúrbio Civil (CDC), além de eventual prisão em flagrante dos autores de delitos, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado para garantir de forma tática a liberação da via, utilizando para este intento material de efeito moral, cujo uso é regulado e autorizado pelo Ministério da Justiça.

Até o momento seis pessoas foram detidas e conduzidas para a Central de Flagrantes.

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