Não consegue sair do whatsapp? Então, saiba que o uso exagerado do aplicativo de mensagens pode causar tendinite. Febre no mundo inteiro, o whatsapp facilitou a conversa entre amigos íntimos ou distantes mas, por outro lado, o excesso de repetição dos movimentos no celular pode causar dores, principalmente nos punhos e polegares, além de gerar inflamação no tendão, o que causa a tendinite.
Para o ortopedista Mauricio Marteleto, membro titular da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), essa repetição e insistência em não largar o celular pode transformar o whatsapp em um verdadeiro vilão para a pessoa, que sentirá apenas pequenas dores no início, em função da repetição de movimentos, podendo agravar o dano se o problema não for tratado.
— É muito comum às pessoas ficarem horas no celular, digitando no whatsapp, sempre realizando movimentos repetitivos e sem intervalos. Isso pode causar uma inflamação dos punhos e um dos sintomas aparentes é a presença de dor nesse local que depois irradia por toda a musculatura que está ao redor.
O especialista afirma que as pessoas que são afetadas pela chamada “whatsappite” precisam se submeter a um tratamento específico para combater a tendinite.
— A primeira coisa que a pessoa deve fazer é cessar o que está causando a dor, evitando forçar a musculatura e os tendões. Para resolver essa inflamação existem diversas técnicas de reabilitação para conseguir desinflamar essa região. O ozônio medicinal, por exemplo, é um gás que pode tratar a tendinite.
Marteleto afirma que o ozônio medicinal possui propriedades anti-inflamatórias potentes e não tem efeitos colaterais. Outro problema, segundo o ortopedista, é mascarar o alívio da dor com anti-inflamatórios e continuar usando o membro afetado. Na maioria dos casos, a melhora dos sintomas é apenas transitória porque o medicamento enfraquece a resposta normal mediada pelo sistema imunológico.
— Os anti-inflamatórios aliviam os sintomas, mas prendem as toxinas porque além de inibirem as enzimas relacionadas à inflamação, também inibem as enzimas responsáveis pela eliminação de toxinas do organismo. Tratamentos baseados só em anti-inflamatórios são ineficientes e curam um pequeno número de casos (cerca de 10 a 20% apenas), pois a pessoa toma o remédio e continua usando o membro afetado e a doença, na maior parte dos casos, se torna crônica, podendo inclusive afetar outras partes do corpo.
O especialista conclui que é preferível fortalecer o organismo e acabar com a inflamação, eliminado em seguida as toxinas, utilizando estratégias de tratamento cientificamente comprovadas, do que enfraquecer a resposta normal do corpo utilizando medicamentos incorretos ou sem prescrição médica.