A dor de não poder oferecer a família a dignidade do sustento básico é uma realidade que começou a ser mudada por muitas mulheres alagoanas a partir de seus nomes gravados no cartão do Programa Bolsa Família. É o caso da dona de casa Rafaela Santos, de 29 anos, uma das centenas em Alagoas.
Bolsa Família é a única fonte de renda que tem, pois está desempregada desde o começo do ano. “Eu sempre trabalhei e agora que estou desempregada, sustento a família apenas com o dinheiro do Bolsa”, explicou.
Rafaela resume a realidade de muitas famílias brasileiras. Em Alagoas, as mulheres são as principais chefes das famílias beneficiadas. Ao todo, 95% dos núcleos familiares têm uma mulher como a representante pela casa, assumindo a responsabilidade econômica na administração do lar.
Com o dinheiro do benefício, Rafaela Santos custeia a alimentação das crianças, paga as contas da casa e coordena todas as finanças da família. Os três filhos estão na escola e as demandas escolares são custeadas com o benefício que recebe.
“Este programa é muito importante, principalmente para mulheres que estão na minha situação, mães, donas de casa e desempregadas. Esse dinheiro que dá para comprar as coisas das crianças e sustentar as demandas escolares, que é a minha maior preocupação”, salientou beneficiada.
O Bolsa Família transfere diretamente os benefícios das famílias em situação de pobreza e pobreza extrema em todo o país. No estado, o programa federal atende 439.214 famílias, das quais 419.678 a mulher é a titular do cartão.
O valor repassado depende do tamanho da família, da idade dos seus membros e da sua renda. Apenas este ano, o benefício já repassou R$ 75.093.467,00 para Alagoas, contribuindo no desenvolvimento econômico do Estado.
O programa trabalha com o regime de condicionalidades na área da saúde e da educação. É preciso que a família mantenha o cartão de vacinação das crianças até os 7 anos em dia e as mulheres deve m fazer o acompanhamento médico do pré-natal até a amamentação. Na educação, as crianças e jovens precisam ter frequência mínima na escola de 85% até os 15 anos e 75% até os 17 anos.