Três, dos cinco acusados de participar do assassinato brutal da jovem Franciellen Araújo Rocha, em fevereiro de 2013, estão sendo ouvidos – na tarde desta terça-feira, 10 – pelo juiz da 9ª Vara Criminal, Geraldo Amorim.
A acareação desta tarde será importante para dirimir algumas dúvidas sobre o crime e confrontar as versões dos réus, que em algumas audiências apresentam contradições.
Hoje, o magistrado irá ouvir Victor Uchôa Cavalcanti, Thiago Handerson Oliveira Santos e Nayara da Silva. Os outros acusados – Vanessa Ingrid da Luz Sousa e Saulo José Pacheco – podem participar da audiência apenas fazendo perguntas aos demais réus.
Reviravolta e Redução de Penas
De acordo com o advogado Gilson Sales, que defende a ré, Vanessa Ingrid, um fato importante pode mudar o rumo da história de sua cliente.”Estou com o laudo cadavérico da vítima em mãos e ele aponta que Franciellen não estava grávida quando foi morta. A gravidez seria um agravante, mas como não foi confirmada, a pena de Vanessa pode ser amenizada”, disse o advogado.
A acareação de hoje também pode beneficiar a acusada, Nayara da Silva, presa junto com os outros réus por homicídio triplamente qualificado. O advogado Leonardo de Morais informou ao Alagoas24Horas que a Nayara está presa por homicídio sem ter participado do crime.
“A acareação tem teses conflitantes e poderá influenciar na pena da Nayara, já que, ela não participou do crime de homicídio. Ela participou da tortura e lesão corporal e não do homicídio, pois foi para a casa. Assim, não deveria ter sido presa por este crime e poderá ter à sua liberdade de volta”, explicou o advogado.
Relembre o caso
Os réus – Vanessa Ingrid, Nayara da Silva, Saulo José, Victor Uchôa e Thiago Anderson – são acusados de participar da morte de Franciellen da Rocha em 14 de fevereiro de 2013 após uma festa em um apartamento no bairro de Cruz das Almas.
Vanessa Ingrid é apontada como mandante do assassinato. Em depoimento à Polícia Civil, a acusada chegou a confirma uma discussão e agressões à vítima, mas nega qualquer envolvimento com a execução do crime.
A polícia alega que a motivação seria um suposto envolvimento amoroso da vítima como namorado de Vanessa Ingrid. Ainda segundo investigações da PC, no dia do crime, Franciellen foi torturada dentro do apartamento e em seguida foi levada a um local no bairro da Serraria onde foi queimada viva. Dias depois, o grupo foi preso por participação no crime.