Milhares de alagoanos – vestidos de verde e amarelo – saíram em caminhada pela Orla de Maceió, neste domingo, 15, para protestar contra as denúncias de corrupção que envolvem o Governo Dilma Rousseff. Os manifestantes se concentraram no Corredor Vera Arruda, na Jatiúca, e seguiram até o antigo Alagoinhas, na Ponta Verde.
Durante o percurso do ato público, que foi orquestrado pelo Movimento Brasil Livre, os participantes cantaram o hino nacional e gritaram palavras de ordem. Os manifestantes utilizaram os artifícios que tinham para chamar a atenção para a causa. Alguns incrementaram o figurino com nariz de palhaço e rostos pintados com a bandeira do Brasil, outros utilizaram bandeiras, cartazes até cavalos durante a passeata.
Eles ainda utilizaram trios elétricos e vaiaram os eleitores da Dilma Rousseff, que estendiam bandeiras do PT nas varandas de alguns prédios da Ponta Verde. A manifestação contou ainda com a presença de religiosos, a exemplo do padre Augusto.
O protesto teve a participação de 240 homens da Polícia Militar e a estimativa dos organizadores do evento é mais de 10 mil participantes. De acordo com um dos organizadores do evento, Henrique Arruda, o movimento em Alagoas segue os parâmetros nacionais pelo impeachment da presidente Dilma e o fim da corrupção no Brasil.
“É uma festa cívica, de cunho nacional. Pedimos que o Congresso Nacional ouça a voz da população e aprovem o impeachment da presidente. Queremos um país melhor e longe de corrupção”, disse um dos organizadores da manifestação.
Sobre o fato do ato público não pedir a saída dos políticos alagoanos envolvidos na Operação Lava Jato do poder, Arruda informou que embora o assunto principal do movimento seja o impeachment da presidente, os alagoanos também saíram as ruas para pedir que a corrupção cesse no país.
“Somos a favor de uma política séria independente de partido. Somos apartidários e o nosso partido é o Brasil. Queremos a saída dos corruptos e o resgate da cidadania. Nosso país está mergulhado em um lamaçal de corrupção e queremos trazer de volta a dignidade popular” afirmou Arruda.
A dona de casa, Maria José de Oliveira, de 52 anos, conversou com o Alagoas 24 Horas e informou que resolveu participar do movimento por um país melhor. “Recebo um salário mínimo e hoje em dia mal consigo me manter com o valor. Tudo aumentou da energia elétrica a alimentos. Do jeito que o país caminha não sei onde vamos parar”, contou.