José Fernando foi encontrado carbonizado em um canavial
As investigações sobre o assassinato de menino José Fernando da Silva Santos, de 14 anos, encontrado morto um canavial no dia 12 de fevereiro estão avançadas. É o que afirma o delegado responsável pelo caso, Nilson Alcântara. O delegado confirmou ao Alagoas24horas que a polícia já tem um suspeito e negou que um homem, antes apontado como suspeito, tivesse sido preso.
“Aquele homem nunca foi preso, ele foi chamado para averiguação.” A frase é em referência a um homem que foi à delegacia prestar esclarecimentos depois de ter sido encontrado com uma motocicleta semelhante à usada pelo homem com quem o garoto foi visto com vida pela última vez. As características da motocicleta foram repassadas à polícia pelo irmão da vítima que viu o garoto sair da barraca de frutas de sua mãe na companhia do motociclista para buscar o dinheiro referente à compra/venda de um pedaço de melancia.
O delegado confirmou ainda que foram realizados ‘procedimentos’ com o irmão do menor, como forma de chegar ao suspeito. Alcântara, porém, não confirmou se o menino fez reconhecimento do acusado. O garoto é a principal testemunha do caso e sua participação na elucidação do caso é fundamental.
A identificação do motociclista, porém, não deve encerrar o caso. A polícia deve reunir provas que ‘coloquem’ o suspeito na cena do crime. O fato de o motociclista ter sido o último a ser visto em contato com José Fernando não prova que ele é, efetivamente, o assassino.
Relembre o caso
O garoto de 14 anos estava desaparecido há pouco mais de 24 horas quando foi encontrado morto em um canavial no Povoado Coité de Cima, na parte alta de São Miguel dos Campos. Segundo informações da polícia, o menor vendia melancia junto com um irmão pequeno, em frente ao Estádio Ferreirão, no Loteamento Edgar Palmeira, parte alta da cidade, quando um motociclista chegou ao local para comprar parte de uma melancia.
O homem, usando capacete pediu que uma das crianças seguisse com ele até sua casa, no Loteamento Hélio Jatobá III, para pegar o dinheiro. Sem desconfiar, o garoto saiu com o suposto assassino.
O corpo do adolescente foi encontrado carbonizado, degolado e com órgãos expostos. Para a polícia, este foi o caso de maior crueldade já registrado na cidade.
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