O Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) da Universidade Federal de Alagoas iniciou o ano com a transferência do Data Center para uma sala cofre. Foi um investimento de mais de R$ 3,2 milhões para garantir a segurança das informações da instituição, no caso de acidentes naturais, no sistema elétrico ou mesmo contra armas de fogo. O total de investimentos na área de TI somam R$ 15 milhões.
A sala cofre é apenas uma das várias medidas que estão sendo tomadas para proteger a Universidade de possíveis perdas materiais e imateriais. “Foi um investimento alto, mas levando em consideração o valor dos dados da Ufal, torna-se quase inexpressivo para atender a sua função”, disse o diretor do NTI, Alan Pedro.
Conforme o gestor, assim como o projeto da sala cofre, iniciado há dois anos, outro equipamento foi instalado para garantir o bom tráfego da rede na Ufal. O Juniper é capaz de processar todo e qualquer tipo de invasão no sistema da instituição. Alan Pedro revela que após a instalação desse equipamento, custeado em mais de R$ 2,5 milhões, a Universidade subiu cerca de 300 posições no ranking de segurança da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
Para o diretor, a Ufal se tornou hoje uma das instituições mais seguras do Brasil, em termos de segurança da informação. “Tanto no âmbito de invasão de hackers como de acidentes naturais, a gente está bem protegido. Isso é muito importante, porque tanto aumenta a disponibilidade da internet para a comunidade, como melhora, inclusive, a performance do Data Center. Até a arquitetura do ar da sala cofre foi projetada para ter um maior ciclo de vida dos equipamentos e fornecer sua maior performance. Eu desconheço algo mais sofisticado no Brasil para esse tipo de operação”, disse.
Mas essas melhorias não se restringem ao Campus A.C. Simões, em Maceió. O Cento de Ciências Agrárias (Ceca), por exemplo, localizado em Rio Largo, teve sua banda de internet ampliada em mais de cem vezes, passando de uma velocidade de 10 mega bites, algo igual àquilo utilizado nas nossas casas, para mais 1 giga bite por segundo. “Hoje o Ceca tem uma capacidade de largura de banda muito maior do que a necessidade deles”, lembrou Alan.
Para aumentar a banda das unidades de Viçosa, Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia, no último 23 de fevereiro, teve início mais um processo licitatório. Com os próximos contratos, a Ufal pretende melhorar a velocidade das conexões de rede para videoconferências, telefonia VoIP e uso das atividades internas. Tudo isso foi feito após três anos de um longo processo de fechamento do anel óptico da Universidade, para que pudesse dar maior sustentação ao sistema de rede sem fio da Ufal. “Essas fibras ópticas permitem que eu possa instalar equipamentos de alta velocidade por todo a instituição. Esse investimento foi superior a 10 milhões de reais”, relatou o professor.
Melhoria nos serviços acadêmicos
Todo esse capital gera não só ganhos na segurança e na qualidade de conexões da Ufal, como também repercute na agilidade do atendimento ao público acadêmico. Um dado concreto foi o número de atendimentos realizados no ano passado, cerca de 7.400, e uma redução de 60% no tempo médio de atendimento do NTI, diminuindo de 18 para nove, os dias de espera.
A maior segurança dos dados também facilitará o manejo das informações na implantação de um novo sistema acadêmico, já em andamento. “É um sistema que tem uma tecnologia mais moderna e, sobretudo, ele abrange todas as atividades acadêmicas que contempla a Universidade: de extensão, pesquisa, monitoria, bolsa e tudo que se faz na Ufal”, sintetizou o diretor.
