O processo licitatório dos transportes coletivos na grande Maceió foi retomado na manhã desta segunda-feira, 30, com a realização da segunda audiência pública, que acontece em uma instituição particular de ensino no bairro da Cruz das Almas.
O processo licitatório tramita desde a gestão passada. Na administração de Rui Palmeira (PSDB), o processo foi suspenso. A justificativa apresentada na ocasião foi que o projeto se tornaria inviável pela não realização da pesquisa de origem e destino dos passageiros.
De acordo com o diretor de planejamento e trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito, Jorge Bezerra, as condições financeiras do município impossibilitam a realização de uma pesquisa que aponte qual a origem e os destinos dos usuários do transporte coletivo na capital.
Ele assegura que o imbróglio foi solucionado com uma pesquisa de âmbito geral realizada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). “Para o município ficaria economicamente inviável, mas como a Seinfra tinha incluindo na sua pesquisa esse elemento, nos aproveitamos deste elemento e isso nos possibilitou uma economia de R$ 1 milhão”, destacou.
Bezerra garantiu ainda que após essa audiência o próximo passo é garantir a publicação e que até setembro todo o processo licitatório deve ser concluído. “Temos uma noção de que hoje há 300 mil passageiros utilizando o transporte coletivo e pretendemos com a licitação melhorar o serviço oferecido e redução no valor da passagem”, assim garantiu.
Mas, não é todo mundo que se sente satisfeito com o processo de licitação que é apresentado à população. De acordo com a estudante universitária Vanessa Wassalo, as atuais condições do transporte são precários, com superlotação e “não acredito em efeitos que possam solucionar esses gargalos”, assegurou.
Ainda de acordo com ela, a verticalização do processo de construção do processo licitatório foi feito de “cima para baixo”, abrindo pequenos espaços para a população. “Na verdade deveria haver outras formas de rendimentos que garantissem as melhorias no transporte, a lógica é por mais que paguemos os benefícios não são inclusos”.
Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Écio Ângelo, a licitação contempla as empresas já instaladas na capital e ainda abrirá para novas, ampliando o mercado de trabalho.