Organizado por um movimento que se intitula apartidário de nome ‘Brasil Livre’, a manifestação que pede a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu força em Alagoas e reuniu neste domingo (12) público bem menor do que o da manifestação anterior, realizada no último dia 15 de março.
Apesar da readequação no horário da manifestação para ‘fugir do sol’, a concentração – marcada para as 14h na orla da Ponta Verde – deu início a sua marcha pouco depois das 15h ainda com um grupo pequeno. Os manifestantes caminharam pacificamente, carregando cartazes que pediam a saída da presidente Dilma Roussef. A mobilização ocorreu em 13 capitais e no Distrito Federal.
Os manifestantes também traziam reivindicações ‘interessantes’ em seus cartazes, como: liberdade burguesa e saúde padrão Fifa. Em alguns estados, os manifestantes distribuíram coxinhas, como ficaram conhecidos os críticos da presidente.
O mesmo fenômeno de queda de público foi notado no resto do país. Questionados, representantes do Movimento Brasil Livre (MBL) disseram em entrevista ao G1, em São Paulo, que ainda não tinham estimativa de público, mas que um número maior de cidades, em comparação ao dia 15 de março, havia aderido ao movimento.
Brasília teria reunido o maior público, cerca de 25 mil manifestantes segundo cálculo dos organizadores, seguido de São Paulo, reduto eleitoral do PSDB. No Rio de Janeiro, os manifestantes cobraram a presença do candidato derrotado do PSDB, Aécio Neves, que não compareceu a qualquer ato.
No exterior também foram registrados protestos com cerca de 40 pessoas em Lisboa, em Portugal; outros 30 brasileiros em Dublin, na Irlanda; e outros 40 em Munique, na Alemanha.
As selfies também ganharam espaço no movimento. Em ‘ritmo de festa’ os paulistas faziam questão de se fotografarem ao lado da tropa de choque da Polícia Militar. Lá, também voltaram a ser exibidos cartazes pedindo intervenção militar, embora o Movimento Brasil Livre tenha, na teoria, origem democrática e popular.
Em Alagoas, os cartazes em inglês foram abolidos. Diferente do que aconteceu em outras capitais do país, onde o idioma estrangeiro prevaleceu na manifestação que, em tese, discute os rumos da política brasileira. Camisetas e adesivos padronizados pedindo a saída de Dilma e do PT também foram notados Brasil afora.
Em tempos de crise, vendedores ambulantes aproveitaram o ato para aumentar a renda da família.
Arapiraca
Em Arapiraca, ato reuniu cerca da 60 pessoas.