Ser poeta não é somente papel, caneta, traço, rima borrada e lágrimas à mesinha de canto. É entender a tragédia da vida e abraçá-la com todo entusiasmo e tristeza, ao mesmo tempo.
E é o que faz a escritora baiana-alagoana Marta Eugênia de Oliveira, que lança nesta quinta-feira (23) seu primeiro livro de poemas “Quanto Tanto”, a partir das 19h30.
Além da noite de autógrafos justamente neste Dia Mundial do Livro, haverá no lançamento as performances das bandas de soul Gato Negro e de rock O Louco, com declamações nos intervalos.
O evento, aberto ao público, tem apoio da Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).
Por sua vez, a publicação faz jus ao nome: tanto pela intensidade dos escritos – que estampam nossas janelas da alma – quanto pelo tempo que ele levou para ser “gerado”. Uma gestação desejada e influenciada pela irmã da autora.
“Minha irmã Ray, que não está mais entre nós desde o ano passado, foi uma das que mais me instigou a continuar escrevendo. E dedico este livro a nós”, conta ela, que tem seus 49 anos de poesia pura e abandonou o emprego para realizar este sonho.
Começou aos 8 anos de idade com um contato mais estreito a tudo isso, quando uma professora sua de Língua Portuguesa fez uma atividade didática diferente usando a canção “A Banda”, de Chico Buarque. Foi naquele instante, em meados de 1970, quando estudava na Escola Estadual Aurino Maciel, em Arapiraca, que viu que poesia estava, na verdade, em todo canto.
Em 2014, ela foi personagem de um trabalho sobre literatura da Escola Monsenhor José Soares. Os alunos da instituição analisaram sua obra e sua biografia.
“Com a poesia, você lida melhor com os percalços diários, aceita o humano e vê que não há vítimas nem culpados”, diz ela. A noite desta quinta-feira promete ser emocionante, quanto tanto.
