Em meio a protestos sobre melhores condições de trabalho nos postos municipais de saúde, e uma recente retomada das atividades dos servidores após o período de quase dois meses de greve, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentou na manhã desta quinta-feira (13), em audiência pública na Câmara Municipal, um balanço das ações viabilizadas com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para apresentar os dados, a secretária Sylvana Medeiros tomou a tribuna e avaliou a gestão que teve como foco a atenção básica. Entre os destaques, a secretária ressaltou a contratação de 227 profissionais que foram efetivados da reserva técnica, além da meta pactuada com o Bolsa Família que atingiu 60% de cumprimento em Maceió.
Sendo a principal oposição na Casa de Mário de Guimarães, o vereador Silvanio Barbosa (PSB) contestou os dados apresentados. Segundo ele, as reformas das várias unidades de saúde não foram cumpridas e denuncia que a população realizou diversos protestos por falta de medicamentos nas unidades.
“Vamos ouvir muitas mentiras. Que eles estão tendo ações concretas, mas os postos de saúde estão sem remédios e quase todos foram fechados, só existem dois apenas. Vou questionar ainda se o Hospital do Açúcar e a Santa Casa andam recebendo o repasse da saúde” critica o vereador.
Outro ponto apresentado pelo vereador é a situação denunciada na Maternidade Denilma Bulhões, no Benedito Bentes, que permanece fechada para reformas. “Hoje eu trouxe parturientes que estão aqui porque não tem para onde ir e ter seus filhos”, denuncia o vereador.
Seguindo uma linha semelhante, a Helena (PSOL) também cobrou respostas sobre a recente precariedade na prestação de serviços e falta de efetivo.
Técnicos da atenção básica de diferentes coordenações, bem como o presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal-AL), Luiz Carlos Santana, estiveram presentes para solicitar respostas. O balanço das atividades é apresentado a cada quatro meses de acordo com a Lei Complementar 141.