Quando se fala em vacinas todo mundo pensa na vacinação das crianças, por meio da qual se busca obter imunidade contra agentes e doenças que o organismo não estaria preparado para combater. Porém, não é só na infância que as vacinas são necessárias. Jovens, adultos e especialmente idosos precisam estar em dia com sua programação de vacinação.
Entre os motivos para os adultos serem vacinados está o fato de que algumas vacinas não existiam quando os eles ainda eram crianças. Como alguns não foram imunizados, com a idade avançada, se tornam mais vulneráveis a certas doenças. Atenta a isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), disponibiliza em toda a rede pública municipal, vacinas para esse público em seu calendário básico de imunização.
De acordo com Eunice Raquel Amorim, coordenadora do PNI da SMS, os usuários adultos contam com vacinas contra Difteria, Tétano, Hepatite B, Tríplice Viral e Febre Amarela (para viajantes em regiões endêmicas). “Contra o HPV, que também é uma vacina para adultos, a rede pública disponibiliza apenas para meninas de 9 a 11 anos, público alvo da campanha do Ministério da Saúde. Já os adultos que desejam tomar, devem buscar na rede privada”, esclareceu. A coordenadora explica ainda que para mulheres de até 26 anos de idade portadoras do vírus do HIV, a vacina contra HPV é disponibilizada de forma gratuita na rede pública.
Já o tétano, por exemplo, pode acometer indivíduos em qualquer faixa etária e deve ser repetida a cada dez anos, tempo que dura seu efeito protetor. Eunice Raquel Amorim, coordenadora do PNI, afirma, porém, que alguns grupos de risco devem estar atentos à essa imunização. “Trabalhadores da construção civil, motoqueiros, caminhoneiros e industriários estão no grupo de risco do tétano, porém as outras pessoas fora desse grupo não devem se descuidar, pois a bactéria pode estar em qualquer lugar e não mais apenas em objetos enferrujados, como se costumava pensar”, explicou.
Existem também outros trabalhadores incluídos em grupos de risco e que, portanto, devem estar com sua vacinação em dia, como manicures e profissionais de saúde para a Hepatite B e profissionais da rede hoteleira e de saúde para a Tríplice Viral. Para as gestantes, o município disponibiliza a dTpa (tríplice bacteriana acelular), que protege contra difteria, tétano e coqueluche e evita que a mãe possa contaminar a criança. Já a vacina contra a Influenza é indicada para crianças de seis meses a menores de cinco anos e para adultos que tenham doenças crônicas, gestantes, puérperas, idosos e profissionais de saúde.
Os adultos que têm carteira de vacinação da época que eram crianças e agora decidiram se vacinar, não precisa recomeçar todo o esquema vacinal, a orientação é continuá-lo, avaliando as necessidades de reforços. Contudo, se o adulto não tem mais esse cartão, a indicação é que ele tome as vacinas novamente, indicadas para sua faixa etária, já que algumas são apenas para crianças.
Ana Cecília da Silva/ Ascom SMS