Na véspera do dia do trabalhador, Renan propõe Pacto pela Defesa do Emprego

Agência SenadoNa véspera do dia do trabalhador, Renan propõe Pacto pela Defesa do Emprego

Na véspera do dia do trabalhador, Renan propõe Pacto pela Defesa do Emprego

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), propôs na manhã desta quinta-feira, 30, um Pacto Nacional pela Defesa do Emprego. Na véspera do dia do trabalhador, Renan lembrou que o Congresso estará sempre ao lado dos trabalhadores.

O presidente do Senado cobrou uma atitude efetiva da presidente da República, Dilma Rousseff, num momento em que a economia dá sinais claros de entrar em recessão. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil aumentou em março e atingiu 6,2%, uma alta de 0,3% em comparação com o mês anterior.

“Não há nada pior numa crise do que o vazio, a ausência, a falta de iniciativa as panelas podem e devem falar, nós fizemos a democracia até para que as panelas se manifestem, é preciso ouvir as panelas”, enfatizou Renan Calheiros numa referência aos recentes panelaços promovidos contra o governo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a criticar o ajuste fiscal promovido pelo executivo. “Como é possível apenas aumentar impostos fazer tarifaço e ainda por cima aumentar o desemprego, isso não é ajuste, é desajuste social. Estamos propondo um ajuste social baseado num pacto pela defesa do emprego, durante o período que durar a crise, não é um engessamento, o pacto é temporário. Esse pacto servirá todos para acharmos uma saída para o Brasil ”, explicou Renan.

O presidente do Senado conclamou empresários, sindicatos e empresários a discutirem o pacto. “Esse pacto pode abrir um dialogo com as panelas com a sociedade e ate com a oposição. É um retrocesso a presidente Dilma não ter o que dizer no dia do trabalhador. Com esse pacto, daríamos uma diretriz para o Brasil, passaríamos a discutir uma agenda, o governo não tem agenda, não tem iniciativa, há um vazio evidente que fragiliza o governo”, argumentou.

Medidas legislativas imediatas

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que no dia 05 de maio fará uma sessão temática sobre a crise e o desenvolvimento do Brasil. Entre as medidas sugeridas pelo presidente do Senado estão a maior oferta de crédito pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES para as empresas que criarem e preservarem empregos, além da manutenção criteriosa da desoneração da folha de pagamento, sobretudo do setor industrial.

Renan Calheiros explicou que novas medidas deverão ser incluídas no Pacto pela Defesa do emprego. “Durante o período do pacto haverá um compromisso do governo e do Legislativo de não criarem nenhuma regra que prejudique o trabalhador. Uma das conquistas da nossa democracia é a paz social, da mesma maneira que não podemos voltar no abismo da inflação, não podemos pisar no terreno minado da instabilidade social gerada pela recessão. Esse pacto que coloco à disposição melhorará a qualidade do ajuste sem afetar a quantidade. Isso é uma premissa, não uma imposição. Quem sabe a presidente Dilma enxergue que é uma oportunidade para, em torno de propostas que serão discutidas, defender o emprego”, encerrou Renan.

Coalizão

Na conversa com os jornalistas, o presidente do Senado também manifestou preocupação com a coalizão entre PMDB e PT na sustentação do governo. “Tenho muita preocupação com a coalizão. No Brasil, temos uma coalizão sem fundamento, nesse momento, o pior papel que o PMDB pode fazer é substituir o PT naquilo que o PT tem de pior, que é no aparelhamento do estado. O PMDB não pode transformar a coordenação política do governo numa articulação de RH para distribuir cargos e boquinhas, isso faz parte de um passado que nós temos que deixar para trás. Eu não vou indicar cargo no executivo, esse papel é incompatível com o Senado independente, prefiro manter a coerência do Senado independente, não participando de forma nenhuma de indicação de cargos no executivo”, afirmou Renan.

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