Defesa afirma que DNA é prova inconteste da inocência de Valdinei
Um exame de DNA pode mudar os rumos de uma investigação realizada pela Polícia Civil de Alagoas em Arapiraca e que apontava Valdenei Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, como autor de pelo menos sete estupros de adolescentes e jovens. Preso há cerca de três meses no Presídio do Agreste, a defesa de Valdenei, que é conhecido como Xuxo, conseguiu comprovar por meio de um teste que o DNA do acusado não combina com o material genético encontrado em uma das vítimas.
O exame foi realizado pelo Instituto Forense da Universidade Federal de Alagoas e foi custeado pela família de Valdinei. Segundo a denúncia, além de uma jovem de 21 anos, as demais supostas vítimas teriam entre 11 e 13 anos. Muitas se recusaram a fazer novo reconhecimento.
A vítima de 21 anos havia afirmado em depoimento que Valdinei invadiu a sua residência em Taquarana e a estuprou. O material coletado, no entanto, não bate com o DNA de Xuxo e o promotor da Comarca já solicitou o arquivamento do processo.
Os advogados de Valdenei, Aquiles Silva dos Santos e Anderson Ricardo Vieira, afirmam que o resultado do exame atestam a falha na forma como o inquérito policial foi conduzido. Apontado como autor de uma série de estupros na região do Agreste (Taquarana, Arapiraca, Junqueiro, Limoeiro de Anadia), durante a fase de reconhecimento, Valdinei teria sido apresentado às vítimas com pessoas de características físicas completamente diferentes, o que as teria induzido ao erro.
Advogados Aquiles dos Santos e Anderson Vieira
Aquiles Silva dos Santos, um dos advogados, disse à reportagem do Alagoas 24 horas ainda que o veículo utilizado pelo verdadeiro estuprador seria diferente e que um borracheiro que supostamente teria reconhecido Valdinei, mudou seu depoimento. O advogado alega, ainda, que mesmo com a prisão do seu cliente, outros cinco estupros foram registrados na região.
A expectativa da defesa é de que Valdinei seja libertado na próxima semana. “Nosso cliente não tem qualquer histórico policial, é um cidadão probo, casado, com dois filhos”. Questionado se iria pedir alguma reparação, o advogado afirmou que caberá à família decidir isso.
