Estão sendo julgados, desde o início da tarde desta quarta-feira (13), os réus Manoel Conceição da Silva, Cassiano Rodrigo da Silva e José Wilson da Silva, acusados de terem assassinado a tiros Felipe Vieira da Silva em julho de 2011, no Benedito Bentes, em Maceió. A sessão do 1º Tribunal do Júri ocorre no Fórum da Capital, no Barro Duro, e é presidida pelo juiz Maurício César Brêda Filho, titular da 9ª Vara Criminal.
O Ministério Publico de Alagoas (MP/AL) sustenta que os acusados devem ser condenados por homicídio doloso com as qualificadoras motivo torpe, já que Felipe Vieira foi assassinado por causa de venda de drogas, e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que esta foi atraída para uma emboscada. Ainda segundo o MP/AL, os acusados respondem a outros processos por homicídio.
A defesa de Cassiano Rodrigo, feita pelo advogado Juarez Ferreira da Silva, sustenta a tese de negativa de autoria, “já que nenhum dos acusados o aponta como participante do crime”.
O defensor público Marcelo Barbosa Arantes, que defende José Wilson, também sustenta a mesma tese da defesa de Cassiano Rodrigo e acrescenta que o réu participava da festa de aniversário de sua namorada no dia do fato, inclusive na companhia de Cassiano.
Já o defensor público Ryldson Martins Ferreira, que está à frente da defesa de Manoel Conceição da Silva, disse que o réu matou para não morrer, uma vez que a vítima era traficante e teria agredido e ameaçado Manoel de morte semanas antes do fato.
A decisão do Conselho de Sentença deve ser proferida ainda na noite de hoje (13).
Entenda o caso
Segundo a denúncia feita pela promotora de Justiça Marília Cerqueira Lima, Felipe Vieira teria ido à Grota da Alegria, no Benedito Bentes, em Maceió, no dia 31 de julho de 2011, para comprar drogas e foi perseguido por um menor de idade e por Manoel Conceição.
Depois de chegar ao local do crime, Darlan Alves dos Santos (foragido), Cassiano Rodrigo e José Wilson teriam se juntado à dupla e efetuado disparos de arma de fogo contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos.
Matéria referente ao processo nº 0000799-92.2012.8.02.0001
