Um bebê recém-nascido sofreu um corte na cabeça durante o parto e precisou tomar cinco pontos no local do ferimento após cesárea realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Maternidade Santa Helena, do Hospital São José, na cidade de Ilhéus, região sul da Bahia.
A mãe Kévine Amaral Silva conta que, ao pegar a filha nos braços, percebeu que havia alguma coisa errada com a criança. “Eu percebi que tinha um corte embaixo da cabeça. Como estava deitada, deu para ver bem que estava cortado”, lembra a mãe da pequena Yakinne.
O nascimento da garota, que ocorreu há uma semana, estava programado para ser via parto normal, mas, por causa de uma complicação na penúltima semana da gestação, a mãe foi encaminhada com urgência para uma cirurgia cesárea.
Segundo Kévine, os pontos que a filha levou na cabeça inflamaram e, mesmo assim, o bebê não recebeu atendimento adequado no hospital. Quando a criança teve alta médica da maternidade, quatro dias após o parto, a mãe procurou um pediatra particular, que fez um curativo e medicou o bebê.
A avó, Maísa Amaral, conta que esse não foi o único problema que a família enfrentou com a unidade de saúde. Ela diz que o hospital perdeu os documentos do pré-natal e que ela própria teve que comprar a medicação da filha. “Para não ver minha filha sentindo dor, eu dentro de um hospital, eu fui na farmácia, comprei a medicação e dei a ela por conta própria. Porque eu não queria ver ela sofrendo lá dentro”, relata a avó.
A direção do hospital não quis conceder entrevista. O diretor da unidade hospitalar, o médico Carlos Lira, foi quem fez o parto. A família do bebê não conseguiu respostas do médico e registrou um boletim de ocorrência na delegacia. “Essa criança foi encaminhada ao DPT para fazer exame de lesões corporais. Vamos instaurar inquérito policial”, diz a delegada Andreia Oliveira. A mãe e o médico devem ser intimados para pestar depoimento nos próximos dias.