Setor sucroalcooleiro de Alagoas pede a Renan apoio para alta da Cide visando o fim de crise

Agência SenadoRepresentantes do setor se reuniram com Renan em Brasília

Representantes do setor se reuniram com Renan em Brasília

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu, nesta terça-feira (26), um grupo de representantes do setor sucroalcooleiro de Alagoas que apresentou uma série de sugestões para tirar essa parte da economia da crise. Uma das sugestões foi elevar o valor pago a título de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre a gasolina, hoje no valor de 22 centavos de real.

Para os produtores, se a Cide cobrada hoje fosse de 60 centavos de real representaria uma arrecadação de cerca de R$ 12 bilhões. “O que queremos é competitividade. E isso estimularia o consumidor de carros flex a usar o etanol. Hoje, o setor está concentrado em produzir açúcar e não etanol. E o excesso de açúcar no mercado é um dos fatores que está provocando muita dificuldade para o nosso setor”, disse José Ribeiro Toledo Filho, presidente da Cooperativa Regional dos Açúcares e Álcool de Alagoas.

Os empresários apresentaram números ao presidente Renan Calheiros para demonstrar a viabilidade da sugestão. De acordo com o grupo, em 2009, o país produzia 16 bilhões de litros de álcool e, em 2014, o volume já havia caído para 13 bilhões, o que teria sido provocado pela pequena diferença entre o preço da gasolina e do etanol. “A frota de carros flex nos permite projetar um potencial consumidor de 32 bilhões de litros de etanol”, observou José Ribeiro.

“Vamos buscar um diálogo com o Governo, conversar com o Joaquim Levy [ministro da Fazenda], enfim, temos de encontrar solução porque não podemos deixar esse setor que hoje emprega mais de um milhão de pessoas no país passar por tanta dificuldade”, disse Renan. Desde 2008, mais de 80 usinas de cana-de-açúcar no país fecharam por não conseguirem renegociar as dívidas.

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