A noite foi de tensão para moradores do São Jorge depois que criminosos atearam fogo em um ônibus urbano. O vandalismo aconteceu na noite desta sexta-feira (19), próximo ao Campo do Tejo e se soma a outros três ataques iniciados na última quinta-feira (18).
Apesar do susto, não há registro de feridos. Informações colhidas no local dão conta que antes de incendiar o ônibus, o bando roubou dinheiro e pertences pessoais dos passageiros.
Horas antes do ataque, por volta do meio dia, a Secretaria de Defesa Social havia dado uma coletiva à imprensa confirmando a prisão dos jovens que – na versão da Sedres – seriam os autores dos ataques a ônibus.
Policiais do BPTran foram os primeiros a chegar no local. Uma equipe do Corpos de Bombeiros precisou ser acionada para debelar as chamas que destruíram o ônibus da Real Alagoas que fazia a linha São Jorge/Centro.
Uma nuvem de fumaça tomou conta do bairro.
Relembre o caso:
Os ataques começaram no dia 6 de junho, depois que um ônibus da viação São Francisco foi incendiado próximo da Praça da Macaxeira, no bairro do Jacintinho. O aparelho de segurança pública declarou horas depois do ataque que a ação criminosa foi motivada pela intensificação da força policial naquela região. Na noite anterior, um criminoso havia sido morto durante confronto com a polícia.
No dia 18, mais três ônibus foram incendiados, um no Mutange e outro na Rua Cabo Reis, na Ponta Grossa durante o dia. Horas depois, já no período da noite, um terceiro coletivo foi incendiado no Conjunto Frei Damião, no Benedito Bentes.
Ontem (19), a Secretaria de Defesa Social apresentou três homens apontados como autores materiais dos incêndios e apontou outros 14 detentos como mandantes. A Sedres afirmou ter provas robustas de que os ataques teria saído do sistema prisional.
Apesar de a entrada de aparelhos celulares ser proibida em presídios brasileiros, no dia seguinte aos ataques pelo menos três vídeos diferentes vazaram através das mídias sociais comprovando que em Alagoas a lei não se aplica. As imagens foram gravadas pelos próprios detentos que tentavam justificar a ordem dos ataques alegando péssimas condições nas celas e maus tratos. As imagens sugerem que os detentos não apenas têm acesso a celulares, mas a internet e clara liberdade para usar os aparelhos dentro da prisão.
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