‘Esta noite, teremos que ganhar’. Mais do que nunca, como diria aquele apresentador do programa dominical, o Chile precisará cumprir o mantra exaltado pela torcida no próximo sábado para, enfim, levantar pela primeira vez o troféu da Copa América. Se depender do retrospecto histórico da competição, o fã da Roja pode ficar animado: dos mandantes com chances de título, em apenas três vezes o público local saiu frustrado.
Um dos torneios mais antigos do planeta, a Copa América apresentou-se em diversos formatos durante a história quase que centenária. Durante todos estes anos, os mandantes, como o Chile em 2015, chegaram com chances de título na última rodada ou em uma finalíssima em 22 ocasiões.
Deste número, em 19 oportunidades a equipe da casa saiu do título. Nas três vezes que o mandante terminou como vice, o Chile estava presente em uma (1955). Além dos chilenos, a Argentina, há 99 anos, e a Bolívia, derrotada pelo Brasil na final em 1997, perderam o título em casa.
Caso a análise limite somente a era moderna da Copa América, a expectativa dos chilenos aumenta ainda mais, já que o aproveitamento dos finalistas é de 100%. A última vez que um mandante chegou à decisão foi em 2001, quando a Colômbia levantou pela primeira vez o troféu – situação semelhante a do Chile em 2015.
Antes dos colombianos, o Uruguai conquistou a competição em 1995, diante de milhares de torcedores no Centenário, após passar pelo Brasil nos pênaltis. Já em 1989, os brasileiros, com show de Romário no Maracanã, derrotou justamente os uruguaios no último jogo do quadrangular final e conquistou o torneio continental.
O Chile desembarca na decisão com uma campanha invicta. A equipe de Jorge Sampaoli, dona do jogo mais vistoso da edição de 2015, venceu quatro partidas – as duas do mata-mata contra Uruguai e Peru – e empatou contra o México, ainda na primeira fase.
O rival da final será conhecido nesta terça-feira, quando Argentina e Paraguai – algoz do Brasil neste ano – se enfrentarão em Concepción. Os paraguaios tentam alcançar pela segunda vez seguida a decisão, enquanto os argentinos lutam para quebrar um jejum de 22 anos sem conquistas na Copa América.