Collor reafirma inocência e chama de mentirosa reportagem da Veja

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O senador Fernando Collor (PTB) reafirmou sua inocência e retidão de vida pública durante pronunciamento realizado na tarde desta quarta-feira (1º). Collor, que já foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) duas vezes após ter a vida revirada, disse que, mais uma vez, vai provar que as acusações que hoje sofre fazem parte de uma mentira elaborada por integrantes da Procuradoria-Geral da República e da revista Veja. A editora responsável pela Veja já foi condenada a pagar uma indenização milionária ao senador por ter publicado “mentiras”.

Collor apontou que as recentes supostas denúncias trazem personagens e fatos repetidos, alimentados “por um grupelho do Ministério Público que se mistura com os bandidos do folheto semanal Veja”. Segundo ele, os fatos recentes mostram que esse é o mesmo cenário, o mesmo modus operandi, os mesmos atores, as mesmas instituições, as mesmas mentiras e, como sempre, o mesmo alvo.

“Reitero minha inocência, reitero minha retidão. A minha trincheira, de um lado, está no campo político e a minha resposta se dá nas urnas. De outro, a trincheira se volta para o campo jurídico e minha resposta se dá nos tribunais. Meu propósito é e sempre será cumprir a minha missão política, o meu dever público, mas também desnudar as infectas entranhas dos responsáveis ou das reprováveis práticas de obtenção das delações compartilhadas entre PGR e a Veja”, rebateu o senador.

O senador disse ainda que a revista Veja, mais uma vez, publicou uma reportagem mentirosa, na qual Ricardo Pessoa – dono da construtora UTC, que ficou preso meses na Polícia Federal (PF) e cumpre liberdade assistida pela Justiça – teria falado em um suposto grupo ligado a Collor. Diante disso, o senador rebateu o teor da publicação e esclareceu que não faz parte do referido grupo.

“Que grupo? Vem aí uma grande mentira, porque não pertenço a nenhum aludido grupo. Foi uma criação covarde por não terem podido citar diretamente o meu nome, por absoluta ausência de fundamento. Pois bem, segundo o folhetim Veja, esse tal meu grupo recebeu R$ 20 milhões do delator, mais uma mastodôntica mentira no que se refere à minha pessoa. Novamente, os bandidos da Veja, em conluio com o Ministério Público, haverão de tomar prejuízo pelas pútridas matérias inventadas de forma compartilhada entre o delator e o grupelho do procurador-geral Rodrigo Janot”, expôs Collor.

Ainda segundo o senador, o que chama a atenção em toda essa brutal armação publicada na Veja é a repetição do que classifica como “contumaz conluio firmado entre setores do Ministério Público sob o comando de Janot e o folhetim Veja”. Collor adiantou que os responsáveis pela armação não lograrão êxito, porque o fruto dessa associação bandida é um monstrengo estéril, que, segundo ele, não procria e não convence aqueles com um mínimo de discernimento.

“Por que mais uma vez somente a Veja tem acesso aos vazamentos promovidos por Janot? Por que somente ela? Nenhum outro veículo se referiu aos depoimentos do empreiteiro investigado, a não ser replicando, repetindo a fétida matéria de Veja. Por que, enfim, esse folheto se presta tão servilmente de retrocanal para expelir a bílis de Janot? Será que o procurador e seu grupelho discriminam ou têm algum preconceito com os demais veículos de comunicação? Ou será que ele aplica a seletividade também em relação aos meios? Por que vazam seletiva e criminalmente? Por que insistem no embuste? Por quê?”, questionou Collor.

Para o senador, os fatos recentes mostram que não há mais dúvida de que as referidas delações são compostas por supostas falas de delatores e pelo que interessa ao grupelho de Janot, adicionando-as, reforçou o senador, um cenário para garantir uma falsa aparência de algo inteligível. Ele alertou que a verdade prevalecerá, e a narrativa histórica haverá de ser revisada e reescrita.

“Minha luta é solitária, porém altiva e diligente. Nada arrefecerá minha missão de sempre mostrar a face oculta de personagens e fatos que estão por trás dessa sórdida e continuada intenção de, mais uma vez, tentar denegrir minha imagem e minha honra. Alerto aos herdeiros do gângster Roberto Civita que haverão de arcar com nova indenização, maior do que aquela que já me foi paga, que, no caso, foi de R$1,5 milhão pelas calúnias e difamações a mim dirigidas”, apontou o senador.

Ao final do discurso, o senador ressaltou a postura e determinação que sempre procurou ter diante de novos obstáculos que se apresentaram em sua trajetória política. “Não temo por nada, tenho minha consciência limpa, estou sereno para superar os obstáculos, aguerrido para lutar, como sempre fiz, até as últimas das últimas consequências”, concluiu o senador.

Fonte: Ascom FC

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