Será levado a júri popular nesta segunda-feira, dia 27, o jovem Diogo de Melo Souza, acusado de matar a tiros Rafael Sarmento Cavalcanti de Gusmão Lima e Silva, na Rua Hélio Pradines, Ponta Verde. O crime ocorreu no dia 7 de junho de 2013 e teve grande repercussão por envolver jovens de classe média/alta da cidade. A vítima era, inclusive, filho de uma professora da Universidade Federal de Alagoas.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Diogo efetuou diversos disparos de arma de fogo em Rafael, que não resistiu aos ferimentos. Réu e vítima se desentenderam por conta de ciúmes relacionados à namorada de Diogo. Teriam também discutido porque o acusado, dias antes, havia comprado da vítima certa quantidade de maconha considerada de má qualidade.
Para tirar satisfações, Diogo procurou Rafael e o ameaçou com uma arma. Após discussão, efetuou os disparos. Em depoimento, o acusado confessou o crime, mas disse ter agido em legítima defesa.
Diogo de Melo Silva foi pronunciado em maio de 2014 e será julgado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
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Um dia após o crime, no entanto, a Força Nacional prendeu e apontou um amigo de Diogo, então com 27 anos, por invadir o apartamento de Rafael e levar a vítima à força até o local do crime. Na casa do acusado, situada no bairro da Ponta Verde, foram encontrados R$ 4.706 em espécie, além de 1.100 euros e 10 dólares. Também foram apreendidos um computador de mão, uma balança de precisão, 25 munições de calibre 380, um veículo Fiat Strada, de cor preta e placa MVH-8744 que, segundo a polícia, teria sido utilizado no crime, além de equipamentos eletrônicos e bonés. A arma do crime não foi encontrada.
À época, a defesa do amigo de Diogo negou qualquer envolvimento com o crime, atribuindo o mesmo a Diogo. O julgamento terá início às 13 horas de hoje e será presidido pelo juiz Maurício Brêda, titular da 7ª Vara Criminal da Capital.