Cerca de dois mil trabalhadores impedidos de ter acesso ao porto e um prejuízo estimado em US$ 75 mil/dia, esse é o balanço de mais de 24 horas de ocupação do Porto de Maceió. De acordo com os líderes dos movimentos, a reunião ocorrida ontem (3) não apresentou avanços e não há expectativa de liberação do terminal portuário.
De acordo com a assessoria da empresa Ferrostel, que presta serviços de engenharia para o local, 2.300 funcionários foram dispensados do serviço hoje e amanhã. A empresa informa ainda que não descontará da folha salarial destes.
Trabalhadores ligados aos MST, Via do Trabalho, MLST, CPT, MUPPA, Filhos da Terra, MTL ocuparam o porto ainda nas primeiras horas de ontem (03). A mobilização faz parte do calendário de luta pela reforma agrária em terras pertencentes ao agroindustrial João Lyra, entre elas Laginha, Uruba e Guaxuma.
O protesto ainda provoca transtornos para quem circula pela região do bairro de Jaraguá, onde está localizado o porto. Essa é a segunda mobilização dos trabalhadores sem-terra, este ano.