Os movimentos sociais que ocupavam o Porto de Maceió desde a última segunda-feira, 3, começaram a deixar o local ainda na noite de ontem (4), horas após a juíza Maria Valéria Lins Calheiros, da 6ª Vara Cível, determinar a desocupação em até 48 horas. Apesar da ordem judicial, os líderes do movimento afirmam que a desocupação se deu após o agendamento, para 1º de setembro, de uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias.
Os trabalhadores rurais reivindicam que as terras do Grupo João Lyra, que está em processo de falência, sejam destinadas para fim de reforma agrária. As terras, inclusive, já abrigam ocupações de vários movimentos rurais no interior do Estado.
Apesar da confirmação com o ministro Ananias, não foi definido o local do encontro. A ocupação dos movimentos sociais impediu o acesso de mais de dois mil trabalhadores à zona portuária. Ontem, havia relato de desabastecimento de alguns postos da capital. O prejuízo estaria sendo estimado em cerca de R$ 30 milhões.