Estudante tem vida destruída após aparecer como prostituta em cartazes

Jovem parou de estudar e trabalhar e entrou em depressão; autor do crime é mulher, diz polícia.

(Foto: Reprodução/ Rede Record)

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A Polícia Civil investiga um caso de difamação contra uma estudante universitária de 23 anos. Cartazes associados à prostituição foram colados com os dados de Bruna Souza Brito na região onde ela trabalha. Posteriormente, as imagens foram parar na internet e a jovem passou a receber mensagens de supostos clientes do mundo todo.

Depois que começou a trabalhar em uma empresa como analista de cobrança, Bruna começou um trabalho de socialização de moradores de rua perto do trabalho e chegou, inclusive, a localizar a família de um deles e conseguir que ele voltasse a morar com seus parentes na Bahia.

Enquanto para alguns as atitudes de Bruna eram nobres, para outros seriam mais um motivo para a inveja. Desde que entrou na empresa, ela se destacou até que foi convidada para virar garota-propaganda da firma.

A jovem só ficou sabendo do que haviam feito quanto recebeu a ligação de uma pessoa acreditando que ela era prostituta. Em entrevista à Rede Record, a estudante contou o que sentiu quando percebeu o teor da conversa.

— Eu não acreditava. Parecia um pesadelo. Eu pedi para a pessoa me enviar aquela imagem com tudo aquilo escrito. Eu não sabia que alguém teria coragem de fazer isso.

Quando souberam do que havia acontecido, Bruna e um amigo foram para as ruas arrancar os cartazes.

— Os que eu não tinha coragem [de arrancar], ele arrancava. A gente saiu com uma sacola cheia. Doía o meu coração. Eu tinha vergonha de me aproximar porque as pessoas nas ruas viam que era eu.

(Foto: Reprodução/ Rede Record)
(Foto: Reprodução/ Rede Record)

Os cartazes foram colados na mesma semana em que ela estampou fotos de uma propaganda para a empresa. Na semana seguinte, ela foi chamada para ser apresentadora de um programa social no trabalho.

Com os cartazes em mãos, ela levou o material a uma delegacia e registrou um boletim de ocorrência. Com a investigação em andamento, as colegas dela foram chamadas para depor e o cartaz foi parar na internet.

Com a divulgação na internet, Bruna passou a receber mensagens de várias partes do Brasil e do mundo.

— Deu uma repercussão muito grande e aí eu entrei em pânico.

Bruna está no 3º ano de fisioterapia e sonha em ser atriz. A jovem trabalhava para ajudar nas despesas de casa. Porém, depois do que aconteceu, ela não quer mais voltar ao trabalho nem à faculdade e entrou em depressão. A jovem não sabe quem fez os cartazes, mas acredita que a pessoa a conhece bem e sente inveja dela.

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