‘Expansão imobiliária no Litoral Norte continua em discussão’, diz Palmeira

Investimento causa preocupação para moradores na localidade. Prefeito diz que saneamento é o maior desafio.

(Foto: Ilustração)(Foto: Ilustração)

A praia de Guaxuma, bem como todo o Litoral Norte, vem sendo alvo nos últimos anos da especulação imobiliária. Pelo vasto terreno de Mata Atlântica que garante o visual paradisíaco ao lugar, a proximidade com o mar, tudo se torna um atrativo para a iniciativa privada. O problema é quando essas construções não levam em consideração as recomendações ambientais.

Dado a repercussão recente sobre o assunto, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), ressaltou na manhã desta quinta-feira (13) que a expansão imobiliária na localidade permanece em discussão.

O tamanho dos prédios, alguns com projeção para mais de 12 andares, chama a atenção de quem transita na região. A preocupação dos moradores é que as construções causem prejuízos ambientais e urbanísticos, como por exemplo, a circulação do ar  dentro da cidade. “Eles podem ser feitos, mas não há dificuldade hoje porque tem que haver uma área muito grande para se construir, e isso é uma lei que existe algum tempo e que nós estamos discutindo no Plano Diretor”, tranquiliza Palmeira.

De acordo com o gestor municipal, a discussão está sendo feita entre a Secretaria de Planejamento, a iniciativa privada e o Ministério Público Federal (MPF). “Todos devem participar dessa discussão e nós, obviamente, temos muita cautela não só com a altura do edifício, mas com a proximidade do mar que avança bastante”, diz Palmeira ao lembrar casos recentes da ressaca da maré na Orla da Ponta Verde.

Saneamento

(Foto: Alagoas 24 Horas)

(Foto: Alagoas 24 Horas)

Além da construção de prédios na região, outro fato chama a atenção. Diversas comunidades no Litoral Norte não dispõem de um sistema de saneamento básico para sustentar a chegada de novos moradores. “Temos que ter cautela, obviamente, temos aqui um problema viário e um problema do saneamento, que é um problema sério. Nós estamos tentando dentro dos empréstimos fazer um grande investimento na região Norte, sobretudo na Garça Torta, Riacho Doce e Ipioca, e construir definitivamente uma rede de saneamento pra essa área”, ressalta Palmeira.

Ainda segundo o gestor municipal, sem a finalização devida desses investimentos nenhum edifício será concluído. Outro ponto de preocupação apontado por Palmeira é o esgoto,  que poderá ser lançado diretamente no mar, vindo a causar novos prejuízos ambientais. “O maior problema daqui é realmente a falta de saneamento, pois todos esses prédios são construídos com estações próprias de tratamento, mas nós temos comunidades que não possuem. Fatalmente vai haver problema de água e de drenagem que chega na praia. Temos que resolver isso”, diz.

O resultado dessas discussões devem ser apresentados até o final do ano.

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