O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE) recebeu na tarde desta segunda-feira, 17, a denúncia de agentes de trânsito que sofreram agressão, na madrugada do domingo (16), durante uma operação. O acusado é um um policial militar da reserva, que possui seis Boletins de Ocorrência em seu desfavor, registrados na Polícia Civil, por agressão, desacato e ameaça.
O superintendente municipal de Transporte e Trânsito, Tácio Melo, acompanhou pessoalmente
a comitiva de agentes de trânsito que solicita do MPE a abertura de inquérito para apurar o caso. Segundo ele, os agentes se sentiram coagidos ao multar o veículo do militar, que estava parado irregularmente, na Avenida Antônio Gomes de Barros (antiga Amélia Rosa). Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que o militar parte para agressão aos agentes.
Para o superintendente da SMTT o militar da reserva acusado “não é um policial, é um bandido que agrediu um agente. Ele estava alcoolizado e portando uma arma, desacatou os agentes de trânsito”, concluiu.
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Foi apresentado ao promotor Flávio Gomes, do Núcleo de Controle Externo de Atividade Policial, o vídeo feito durante a ação, amplamente divulgado na internet, além de várias cópias de boletins de ocorrências contra o policial militar da reserva, identificado como Arnaldo Lins Reis de Moura.
De acordo com o promotor, as provas apresentadas pelos agentes de trânsito demonstram que o policial militar teria cometido quatro crimes de ameaça, desacato a autoridade, lesão corporal e dano ao patrimônio público.
“De imediato iremos pedir a abertura de um inquérito policial, no 2º Distrito Policial, como oficializaremos a Corregedoria da Polícia Militar e a Secretaria de Defesa Social, na pessoa do secretário para que apure e não deixe o crime impune, já que o militar que é da reserva e não deveria estar armado, tem uma longa lista de BOs registrados em seu desfavor”, destacou o promotor.
De acordo com o diretor de operações de trânsito da SMTT, Carlos Calheiro, o fato de os agentes de trânsito não utilizarem armas contribui para os casos de desacato. Eles se sentem fragilizados durante o exercício da profissão.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar de Alagoas, disse ao Alagoas24horas que até o presente momento nenhuma denúncia foi formalizada na Corregedoria da PM.
