Vereadores e servidores discutem falta de estrutura do PAM Salgadinho

Ascom/Câmara de MaceióPAM Salgadinho é tema de discussão na Câmara

PAM Salgadinho é tema de discussão na Câmara

A Comissão Permanente de Serviços Públicos da Câmara Municipal de Maceió, presidida pelo vereador Cleber Costa (PT), realizou nesta quarta-feira (26) reunião aberta no plenário da Casa para discutir a precariedade estrutural do Posto de Atendimento Médico (PAM) Salgadinho, localizado no Poço.

Representantes de sindicatos dos servidores e gestores da unidade compuseram a mesa, ao lado dos vereadores Cleber Costa e Heloísa Helena (PSOL). Na plateia, funcionários do PAM usavam camisetas brancas com frases que cobravam melhorias no atendimento à população.

O PAM Salgadinho possui 560 servidores, que atuam num espaço de mil metros quadrados, onde funcionam 24 blocos com diversas especialidades médicas. O vereador Cleber Costa iniciou a reunião apresentando slides com dados e fotos de móveis e equipamentos danificados que flagrou em vistoria no posto, entre eles, o teto de uma área que corria risco de desabar.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Cícero Lourenço, atribuiu a falta de manutenção ao desinteresse do Poder Executivo e criticou a ausência na reunião da secretária municipal de Saúde, Sylvana Medeiros. Ele disse que os problemas do PAM Salgadinho são de conhecimento das autoridades, inclusive a falta de segurança. “Já ocorreram assaltos no posto”, revelou, explicando que nos últimos nove anos a situação piorou.

MANUTENÇÃO 

A diretora médica, Lílian Espíndola, afirmou que durante 40 anos, o posto nunca recebeu manutenção na sua estrutura. “Desde que foi criado, o PAM só recebeu pequenos reparos”. Ela explicou que tem se reunido com os gestores da prefeitura e que será necessária a união de forças entre servidores e diversas autoridades para reerguer a unidade que tem capacidade para realizar 10 mil atendimentos por mês.

Membro do Conselho Regional de Odontologia, Sílvia Dorlane, ressaltou que o PAM é uma unidade de média complexidade e que muitos procedimentos gratuitos só são realizados lá e nas faculdades de medicina. “Apesar disso, o posto não tem equipamentos para atendimento de emergência. A unidade, inclusive, está longe de atender as exigências da vigilância sanitária”, denunciou, cobrando empenho dos gestores na busca de soluções.

A vereadora Heloísa Helena, em seu pronunciamento, defendeu a secretária municipal de Saúde. “É uma profissional séria e comprometida com a saúde pública”. Ela acrescentou que as soluções efetivas só podem ser dadas pelo Poder Executivo. “Como legisladores, podemos cobrar. Vamos também realizar oito audiências públicas nos próximos dias para discutir apenas a saúde pública”, destacou.

PLANEJAMENTO

A servidora do PAM, Sandra Torres, informou que durante três meses um planejamento estratégico foi realizado, no qual constam 68 ações, todas com responsáveis e prazos. Uma cópia foi entregue ao vereador Cleber Costa.

Integrante da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, Heloísa Helena frisou que estará vigilante no cumprimento dos prazos pelos gestores. A vereadora também garantiu que irá elaborar emendas ao orçamento de 2016 para beneficiar o posto.

Durante a reunião, servidores do PAM Salgadinho relataram as dificuldades que enfrentam no dia a dia de trabalho. A vereadora Silvânia Barbosa (PPS) se solidarizou com os funcionários e fez críticas à gestão municipal, assim como o vereador Silvânio Barbosa (PSB), também integrante da Comissão de Serviços Públicos. “Estamos cansados de mentiras, a prefeitura precisa parar de gastar tanto com publicidade e de fato mostrar resultados”, criticou.

CRÍTICAS VAZIAS

O presidente da Câmara, vereador Kelmann Vieira (PMDB), ressaltou que a Casa estará sempre aberta a debates construtivos em benefício da população. “Não adianta fazer a crítica por si só, fazer críticas vazias. Queremos que a sociedade maceioense venha participar do debate para que possamos juntos sugerir soluções, de forma equilibrada”.

Ele explicou que nem sempre os pleitos podem ser atendidos pelo Poder Legislativo e reforçou a necessidade de haver uma boa relação entre vereadores e prefeitura. “Tenho buscado, e tenho conseguido, fortalecer a interlocução da Câmara com o Executivo, na tentativa de dar celeridade ao atendimento de pleitos que chegam a esta Casa. Independente de diferenças partidárias, queremos que a saúde pública seja cada vez melhor. E é desta maneira, com debate de forma propositiva, sem atacar as pessoas, que os servidores do PAM terão de nós o apoio necessário”.

Fonte: Ascom/Câmara de Maceió

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