Ação silenciosa do câncer de pâncreas o torna fatal

Ascom/Santa CasaCirurgião do aparelho digestivo Filipe Augusto

Cirurgião do aparelho digestivo Filipe Augusto/Sa

Na lista de neoplasias do aparelho digestivo, o câncer de pâncreas é mais um na lista de tumores silenciosos e de difícil detecção em seu início. Infelizmente, também apresenta um prognóstico ruim e mostra-se bastante agressivo quando o diagnóstico é tardio, revela o cirurgião do aparelho digestivo Filipe Augusto, um dos palestrantes do Simpósio sobre Neoplasias do Aparelho Digestivo. O encontro científico reuniu especialistas de todo o país nesta sexta e sábado (4 e 5 de setembro), na Santa Casa de Maceió.

No mundo, o câncer de pâncreas é o 10º mais frequente e no Brasil responde por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por câncer. O tumor mais comum (adenocarcinoma) é raro antes dos 30 anos de idade, sendo mais comum a pós os 65 anos. A doença não distingue sexo.

Os sintomas, pouco específicos, retardam o diagnóstico. Os mais comuns variam de acordo com a localização do tumor, sendo a icterícia (olhos amarelados), colúria (urina escura) e acolia fecal (fezes brancas) os mais comuns. Tais sintomas podem levar a um falso diagnóstico de hepatite. “Durante a fase de diagnóstico, apenas 20% têm lesões passíveis de tratamento cirúrgico curativo. Os outros 80% envolvem pacientes com lesões avançadas ou metastáticas”, diz Filipe.

Outro sinal comum, mas que aparece em estágio avançado, é a dor (de forte intensidade) na região superior do abdome com irradiação para as costas, geralmente necessitando de altas doses de analgésicos para controle.

Outros sinais e sintomas associados são perda de apetite e de peso, enjôo e vômitos, resultando num estado de desnutrição severa. Pode haver aumento de glicose no sangue, uma vez que o órgão é responsável pela produção de insulina.

Fonte: Ascom/Santa Casa de Maceió

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