A Força Tarefa, formada pelas polícias Federal e Militar, apresentou em entrevista coletiva, realizada na tarde desta quinta-feira, 10, os detalhes da Operação Canal do Rio, desencadeada na cidade de Igaci nas primeiras horas da manhã. De acordo com a PF, o resultado da ação policial foi a apreensão de cinco armas sem registro, munições, R$ 90 mil em espécie e cerca de R$ 500 mil em notas promissórias, além de vários cheques.
O delegado regional de entorpecentes da PF, Alexandre Mendonça, explicou que as investigações tiveram início há dois meses quando os agentes federais e policiais militares percorreram a cidade de Igaci em busca de informações sobre um grupo envolvido em tráfico de drogas, agiotagem e aluguéis de armas para assaltantes de bancos na região.
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Nas investigações, os policiais descobriram que quatro, dos seis acusados pertencem a mesma família e são conhecidos na região como “Ciganos”. A quadrilha atuava em Alagoas e em outros Estados alugando armas para o cometimento de crimes. “Eles alugavam armas para quadrilhas de outros estados. Iremos entrar em contato com as polícias destas cidades para colher mais informações sobre outros crimes”, disse o delegado.
O delegado informou ainda que há indícios de crime de agiotagem praticando pelo bando, mas os acusados só irão ser autuado por este crime ao final das investigações. Durante a operação, mais de 40 notas promissórias e cheques em valores altos foram encontrados em posse do grupo além de cinco armas sem registro, R$90 mil em espécie e munições calibre 12, 380 e 38.
Segundo o delegado Alexandre Mendonça, as pessoas citadas nas promissórias serão convocadas a prestar depoimento sobre o caso.
Liberação Mediante Pagamento de Fiança
O bando foi autuado apenas por posse ilegal de arma de fogo, já que, os policiais não encontraram com o grupo nenhuma quantidade de droga ou arma de grosso calibre. Os seis acusados foram levados a carceragem da PF, mas poderão ser liberados mediante ao pagamento de fiança arbitrada em R$ 75 mil. “As investigações estão apenas começando e ainda vai ser aprofundada. Há a possibilidade deles responderem por outros crimes”, finalizou o delegado.
Além do delegado Alexandre Mendonça, participaram da coletiva o superintendente da PF, Bernado Gonçalves, o delegado executivo da PF, André Santos Costa, delegada da Polícia Civil Lucy Mônica e o comandante da PM, coronel Lima Júnior.
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