A paralisação das prefeituras alagoanas que teve início na manhã desta segunda-feira (14) foi criticada pelo governador Renan Filho (PMDB). Alegando crise financeira e diminuição no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os prefeitos decidiram pela interrupção das atividades ainda na sexta-feira (11), durante assembleia realizada na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Em entrevista concedida para as rádios locais durante a inauguração de uma nova unidade de uma empresa de call center, o chefe do Executivo alagoano disse que não acha “correta” a medida adotada.
“O governo sofreu baixas, mas não podemos prejudicar a população”, dispara Renan Filho. “Em Alagoas tivemos que fazer cortes, o Estado também passa por dificuldades, mas não iremos parar nossos serviços”, complementa.
Apesar da mobilização, ao que parece, não há efetivamente uma adesão de 100% dos municípios. O problema para que todos participem em massa reflete no fato de que cada prefeito toma essa decisão junto ao seu secretariado. O intuito é não trazer mais prejuízos às contas destes com a paralisação.
Em relação a outro corte anunciado recentemente pelo governo federal, e que deve eliminar R$ 20 bilhões, Renan Filho disse concordar com o ajuste, mas espera que programas essenciais como o “Água para Todos”, “Minha Casa, Minha Vida” e “Bolsa Família” não sejam atingidos.
A mobilização das prefeituras seguem até a próxima sexta-feira (18).