Bem marcado e com um ânimo menor do que o dos treinos no CCT da Barra Funda, o São Paulo nem passou perto de fazer o gol de número 3000 em sua história com o Morumbi. Diante de uma fraca, porém aplicada Chapecoense , o Tricolor voltou a ser a equipe que não empolga e pouco consegue criar, como apresentado diante de Goiás, Ceará e Santos, comprovando toda sua inconstância noCampeonato Brasileiro . Como resultado, a equipe não saiu do 0 a 0, para revolta dos mais de 16 mil torcedores presentes à casa tricolor.
Impaciente há um bom tempo com a oscilação do time, a torcida não perdoou. Além de sonoras vaias para Wesley e Carlinhos, substituídos no segundo tempo, não segurou os apupos após o encerramento final. Sobrou até para o presidente Carlos Miguel Aidar, que nem compareceria ao estádio devido a uma viagem para o Panamá.
Com o resultado, os são-paulinos alcançam os 42 pontos e seguem vivos na briga pelo G4, apesar da grande chance desperdiçada. A Chape, que já havia deixado claro que buscaria o empate na capital paulista, alcançou os 31 pontos e ganhou uma folga na briga contra o rebaixamento.
Na próxima rodada, os tricolores terão de encarar outra equipe catarinense. No domingo, às 16h, eles enfrentam o Avaí , na Ressacada. O Verdão do Sul, por sua vez, recebe o Cruzeiro no mesmo dia, mas às 18h30, na Arena Condá.
O jogo – Após uma entrada sem grande pompa em meio ao público pouco numeroso presente ao Morumbi, o São Paulo levou a campo o mesmo desânimo que emanava do trânsito paulistano na noite desta quinta. Tanto que, nos primeiros 15 minutos de bola rolando, foram registrados apenas passes errados e lançamentos sem destino.
O lance que inaugurou a categoria de chances de gol foi registrado aos 18 minutos. Wesley recebeu pela direita já dentro da área e tentou cruzamento para Luis Fabiano. Rafael Lima afastou parcialmente, mas ela caiu de novo no pé do meio-campista, que bateu de esquerda. Danilo deu um soco na bola e afastou o perigo.
Depois, aos 25, Rodrigo Caio cortou bem cruzamento pela esquerda e iniciou contra-ataque do Tricolor. Mesmo sem grande velocidade, o time da casa conseguiu trabalhar a bola até Bruno, que levantou na medida para Alexandre Pato. O camisa 7 ganhou pelo alto e cabeceou, mas mandou à esquerda do gol.
A etapa final, que nada prometia, conseguiu ser muito mais movimentada logo no começo. Após dois bons chutes de Apodi nos instantes iniciais, Osorio viu que o Tricolor precisava ao menos de mais vontade em campo. Foi aí que resolveu lançar os rápidos Rogério e Centurión no lugar dos apáticos Carlinhos e Alexandre Pato.
E o time melhorou. Mesmo pecando na parte técnica, o argentino colocou uma correria pelo lado direito e ao menos inflamou a torcida. Como as broncas recebidas a cada treino comprovam, no entanto, o atacante foi incapaz de concluir com qualidade suas boas descidas nas costas do lateral Dener.
Na base da pressão, o Tricolor conseguiu empurrar o adversário para dentro da sua área e abusou das bolas pelo alto, mesmo possuindo apenas Luis Fabiano com bom jogo aéreo. Satisfeita com o empate, a Chape se limitou a afastar o perigo, principalmente pelas mãos do bom Danilo, frustrando os planos tricolores para a noite de quinta.
São Paulo 0 x 0 Chapecoense
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 17 de setembro de 2015, quinta-feira
Horário: 19h30 (Brasília)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Jesmar Benedito Miranda de Paula (GO) e Evandro Gomes Ferreira (GO)
Público: 16.502 torcedores
Renda: 393.461,00
Cartões Amarelos: Michel Bastos e Luis Fabiano (São Paulo); Danilo e Apodi (Chapecoense)
São Paulo: Rogério Ceni; Bruno, Lucão, Rodrigo Caio e Matheus Reis; Thiago Mendes, Wesley (Auro) e Carlinhos (Centurión); Michel Bastos, Pato (Rogério) e Luis Fabiano. Técnico: Juan Carlos Osorio
Chapecoense: Danilo; Apodi, Rafael Lima, Thiego e Dener; Elicarlos, Bruno Silva, Gil, Ananias (Hyoran) e Tiago Luís (Tulio de Melo); William Barbio (Camilo). Técnico: Guto Ferreira