Deputado Inácio Loiola
O deputado estadual Inácio Loiola (PSB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa Estadual (ALE), na sessão desta terça-feira (29), para demonstrar preocupação a respeito de uma decisão judicial, em caráter liminar, que determina que todo o faturamento da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) em Maceió seja investido apenas na própria capital.
Segundo ele, o contrato de concessão que rege o serviço prestado pela Casal ao município de Maceió é de 2004 e o documento não determina que o faturamento da empresa na capital deva ser aplicado exclusivamente no município. A decisão da justiça foi motivada por uma ação da Prefeitura de Maceió sobre o assunto.
“O subsídio cruzado é praxe em todos os quadrantes deste planeta. Não é justo que todos os outros 76 municípios atendidos pela companhia sejam penalizados. Senhores deputados, a Casal opera o saneamento de 77 dos 102 municípios de Alagoas, beneficiando cerca de 2 milhões de pessoas”, salientou o parlamentar.
Ainda segundo números apresentados por ele durante a sessão, a Casal e o governo do Estado vão investir R$ 150 milhões na capital para ampliar o sistema de esgotamento sanitário, beneficiando os bairros do Farol e adjacências, e outros R$ 200 milhões para levar esgotamento sanitário ao Tabuleiros dos Martins e bairros circunvizinhos.
Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) destacou as obras para ampliar o abastecimento de água no interior, por meio da nova adutora do Sertão. “Sabemos que a Casal tem trabalhado diuturnamente para melhorar seus serviços, mesmo que ainda não estejam como a população merece. A Casal presta serviço de alta relevância, de distribuição de dignidade”, concluiu Medeiros.
Também em aparte, o deputado Tarcísio Freire (PSD) destacou que a Casal é para todos os municípios. O deputado Rodrigo Cunha (PSDB), por sua vez, disse que alguns serviços prestados pela companhia em Maceió são deficientes, principalmente na parte de esgotamento sanitário.
Ao finalizar sua fala, o deputado Inácio Loiola destacou que sua maior preocupação a respeito da decisão judicial é que isso inviabilize investimentos nos outros 76 municípios. Ele também elogiou a atual gestão da companhia, que está conseguindo adequar a receita às despesas.
