Piolhos desenvolveram resistência a tratamentos mais comuns, diz estudo

Pesquisadores coletaram amostras de piolho de 30 estados americanos. Em 25 estados, piolhos tinham mutação associada à resistência.

Grande parte dos piolhos tem desenvolvido resistência ao tratamento mais comum contra esses insetos, a base dos inseticidas piretroides. A conclusão é de um estudo feito nos Estados Unidos e apresentado em um congresso da Sociedade Americana de Química em agosto.

Os pesquisadores da Southern Illinois University coletaram piolhos de 30 estados americanos. Em 25 desses estados, foram identificados piolhos com três mutações genéticas associadas à resistência ao tratamento à base dos inseticidas piretroides.

“Somos o primeiro grupo a coletar amostras de piolho de um grande número de populações nos Estados Unidos”, disse o cientista Kyong Yoon, que liderou os estudos. “Descobrimos que 104 das 109 populações de piolho que estudamos tinham altos níveis de mutações genéticas que foram relacionadas à resistência aos piretroides.”

Segundo Yoon, a solução para o problema da resistência pode ser usar diferentes substâncias químicas para o tratamento do problema que afeta principalmente crianças em idade escolar. Algumas dessas substâncias só podem ser compradas com prescrição médica.

“Se você usar um produto químico com frequência, as pequenas criaturas vão fatalmente desenvolver resistência”, disse Yoon. “Então temos que pensar antes de usar um tratamento. A boa notícia é que os piolhos não transmitem doenças. São mais um incômodo do que qualquer outra coisa.”

A transmissão do piolho se dá através do contato direto ou indireto, por meio do compartilhamento de escovas de cabelo ou roupas, por exemplo. A infestação de piolho provoca coceira intensa que pode levar a pequenos ferimentos na cabeça.

Na opinião da dermatologista Márcia Purceli, o surgimento de variedades resistentes do parasita é uma má notícia, mas tratar o piolho não é tão difícil. Segundo ela, o mais importante é evitar o reaparecimento da doença e evitar que ela se espalhe para pessoas de convívio próximo. Veja abaixo vídeo com o comentário da médica.

Fonte: Bem Estar

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