Investigação aponta que assassinos não sabiam que vítimas eram policiais

O delegado José Carlos André dos Santos, da Delegacia de Homicídios da Capital, afirmou que está praticamente descartada a versão de emboscada, que resultou na morte do cabo Alison Ferreira do Nascimento, 33, e do soldado Anderson Marques Passos, 31, mortos a tiros na manhã da última sexta, 23, no Barro Duro.

O delegado confirmou a existência de um vídeo de uma câmera de monitoramento que mostra a abordagem dos suspeitos aos militares e, posteriormente, o som de tiros. De acordo com Zé Carlos, a motivação para o crime seria o fato de Leandro Moura, que já sofrera dois atentados e possuía passagem por homicídio, roubo e tráfico, acreditar que os militares iriam matá-lo.

No vídeo é possível ver os militares sendo abordados, informando que seriam pedreiros, negam portar armas e quando são obrigados a mostrar as costas ouve-se uma série de disparos. José Carlos avalia que para a polícia judiciária, a hipótese de emboscada está 90% descartada.

O delegado informou que duas pessoas seguem sendo investigadas por envolvimento com o crime. Um elemento identificado como Adriano, vulgo Jacaré, e a mulher de Leandro Moura, Sileide, estão presos.

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Sileide é apontada como testemunha-chave, já que durante as investigações reconhece o marido e o irmão como os elementos que abordaram e atiraram contra os policiais no vídeo. Sileide também assegura que os acusados não sabiam que as vítimas eram policiais, cabendo a ela informá-los desse fato.

“Não há dúvida da participação dos quatro suspeitos (os irmãos Leandro Matias Cavalcante, Ronaldo Matias Cavalcante, Leandro José da Silva Moura, mortos em Pilar, e o menor Elisson Abelardo Alves Brasileiro, o primeiro a ser morto no Village Campestre) têm participação no crime”, defende o delegado.

As investigações prosseguem, agora, com o depoimento do policial militar que sobreviveu, que estava em um veículo próximo ao local do crime.

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