O ex-técnico da CIA Edward Snowden, que denunciou um gigantesco esquema de espionagem liderado pela Agência Nacional de Segurança dos EUA (Foto: Reuters)
O Parlamento Europeu aprovou na última quinta-feira (29/10) uma resolução não vinculativa pedindo que os 28 estados-membros da União Europeia (UE) ofereçam proteção ao norte-americano Edward Snowden e ignorem as ações criminais movidas pelo governo do Estados Unidos contra o ex-membro da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA.
De acordo com Gizmodo Brasil, a decisão impede a extradição de Snowden em “reconhecimento do seu status como delator e defensor internacional dos direitos humanos”. O documento aprovado ainda solicita que o norte-americano seja “distinguido, e não perseguido ou julgado”. No total, 285 deputados do Parlamento foram favoráveis à medida tomada pela UE. Outros 281 votaram contra a medida, que por ser vinculativa, não obriga os países da união a cumpri-la.
Em seu perfil no Twitter, Snowden apontou a votação como uma “decisão extraordinária” tomada pela UE. “Isso não foi um golpe contra o governo dos Estados Unidos, mas uma mão aberta estendida por amigos, uma oportunidade para avançar”.
Ao The New York Times, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA demonstrou o desacordo por parte do governo norte-americano em relação à decisão da União Europeia. “Nossa posição não mudou. Snowden é acusado de vazar informações confidenciais e enfrenta acusações criminais nos EUA. Como tal, ele deve ser devolvido para os EUA logo que possível, onde ele passará pelo devido processo”.
