O juiz Marcelo Tadeu, da 4ª Vara Civil da capital, realizou na manhã desta quarta-feira, 04, uma visita de inspeção às casas atingidas pelo desmoronamento do silo do Moinho Motrisa, acidente ocorrido em abril de 2014, no bairro do Poço, em Maceió.
Com o desabamento do silo, a Avenida Comendador Leão ficou interditada por vários, devido aos estabelecimentos atingidos. Pelo menos dez veículos foram atingidos e a situação dos moradores afetados pela tragédia tramita na justiça e há reclamações de ambas as partes, das vítimas e do Moinho.
De acordo com o magistrado, as provas apresentadas por ambas as partes são insuficientes o que o teria motivado a fiscalizar as casas e, segundo ele, ver as que já podem ser habitadas.
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Ainda de acordo com Tadeu, ao todo foram 28 casas afetadas, diretamente e indiretamente. “Algumas residências já podem ser habitadas e depois desta visita sentenciarei, pois terei mais elementos para a minha decisão”, assegurou o magistrado.
A visita teria sido solicitada pela defesa do Moinho que, segundo o advogado Pedro Henrique, vem gerando discussões a respeito do pagamento do aluguel social.
Segundo a empresária Sue Chamusca, que possui imóvel na vila, os prejuízos com o acidente são incalculáveis, uma vez que na sua residência também funcionava uma empresa de eventos. “Para se ter ideia, o moinho só começou a pagar o aluguel após dez meses e ainda fiquei no prejuízo, pois há época tive que cancelar o show do Milton Nascimento pois não estávamos mais com cabeça para organizar o evento”, disparou a Chamusca.