A greve nacional dos petroleiros iniciada na última quinta-feira(29) segue nas unidades da Petrobrás em Alagoas. Na manhã desta quarta-feira, o Sindicato dos Petroleiros, Químicos e Petroquímicos de Alagoas e Sergipe (Sindidpetro AL-SE) realizou uma manifestação na Estação de Furado localizada em São Miguel dos Campos, quando os trabalhadores dessa unidade aderiram à paralisação. Ontem, na unidade de Pilar, a greve atingiu 100% do pessoal do turno, o que forçou a empresa a fechar os poços de óleo e determinar a parada dos compressores da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN).
A categoria reivindica a retomada dos investimentos por parte da Petrobrás e a manutenção dos empregos. Segundo o Sindipetro AL-SE, a companhia pretende fazer um corte de US$ 11 bilhões de investimentos em dois anos, que terá efeitos negativos sobre a economia, já que o segmento de petróleo tem participação de 13% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os sindicalistas temem que o plano de desinvestimento da Petrobrás provoque mais desemprego e recessão na cadeia produtiva do petróleo.
Os trabalhadores também estão parados para forçar a Petrobrás a reabrir a mesa de negociação para tratar do acordo coletivo de trabalho (ACT). Até agora a empresa chegou a oferecer 8,11% de reposição salarial, enquanto a categoria pede 18% de reposição da inflação mais ganho real. A pauta de reivindicações dos petroleiros ainda destaca a defesa de um ACT sem corte de direitos, o fim das demissões de trabalhadores terceirizados e o fortalecimento da Petrobrás como indutora do desenvolvimento nacional.